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“Não é questão de ser fintech ou ser banco, todos terão que ser digitais”, diz presidente do Bacen

Já falamos muito por aqui dos aspectos que diferenciam os bancos das fintechs e dos motivos por que os consumidores buscam cada vez mais os chamados bancos digitais. As disparidades ainda parecem significativas, mas há um aspecto cuja relevância cresce em qualquer empresa do mercado financeiro: a necessidade de implementar tecnologias inovadoras.

Esse contexto levou o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, a declarar: “Não é questão de ser fintech ou ser banco, todos terão que ser digitais”. A frase, dita por ele no começo de dezembro durante o almoço anual da Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN), reforça a importância de que todo o sistema bancário se modernize e inove.

Para entender melhor esse cenário e em quais aspectos bancos — e fintechs — mais têm contribuído para a inovação do mercado como um todo, continue a leitura.

A tecnologia como caminho para serviços inovadores e melhor UX

O setor de meios de pagamento é um dos que vêm mais se destacando nos últimos anos, com tendências especialmente fortes como os pagamentos por aproximação. Nesse aspecto, conta Campos Neto, “avançamos mais nos últimos três anos do que nos dez anteriores”. Um dos motivos para isso é a evolução da análise de dados, que permite que as instituições financeiras aproveitem ao máximo todas as informações que têm disponíveis.

Assim, é possível entender melhor os clientes e a forma com que eles utilizam os serviços bancários, o que leva a melhorias nas soluções existentes e ao desenvolvimento de novos recursos relevantes para eles. Enquanto isso, tecnologias como inteligência artificial, machine learning e blockchain contribuem para o aprimoramento da experiência do usuário, aspecto cada vez mais importante para a atração e retenção.

Como o mercado deve reagir à crescente digitalização

E se todos os players do mercado bancário precisam ser digitais, aponta o presidente do Bacen, “a questão é entender onde usar a tecnologia para melhor atender ao cliente”. Ele acredita ainda que, conforme os bancos se tornam mais e mais digitalizados, a tendência é que haja uma maior segmentação do mercado — o que também fomenta a oferta de serviços diferenciados e de melhores experiências para o usuário.

O presidente da FEBRABAN, Murilo Portugal, concorda: “Todo banco relevante vai ter que ser um banco digital, alguns com agências físicas e outros não, mas todos precisam se adaptar à demanda por mais personalização. Os bancos sempre estiveram na vanguarda tecnológica do país; foram os primeiros a importar mainframes e fabricar computadores”.

Para Campos Neto, outro aspecto que contribui para a crescente transformação digital do mercado bancário é o fato de que, hoje, as barreiras para a entrada de novos players são menores. Com isso, as fintechs de crédito cresceram 300% em 2018, enquanto outros serviços segmentados também apresentaram evolução. “Para o Banco Central, essa competição é importante, e os bancos vêm fazendo um bom trabalho, inclusive com alguns se unindo a essas novas plataformas”, conta ele.

A importância da união entre bancos e fintechs

Nesse cenário de revolução tecnológica para todas as empresas do mercado financeiro, torna-se mais e mais importante que os bancos tradicionais e as fintechs continuem trabalhando lado a lado e estreitem essas relações. Dessa forma, cada um dos lados pode ter acesso a conhecimentos relevantes do outro, contribuindo para o crescimento e a evolução do mercado como um todo.

Uma das estratégias do Bacen para fomentar esse contato entre players tradicionais e aqueles que já nasceram digitais é o estabelecimento de sandboxes regulatórios. Nesses espaços, há uma flexibilização dos requisitos regulatórios, o que incentiva a inovação e permite que as empresas participantes identifiquem exatamente quais são os riscos e problemas em que os produtos ou serviços sendo testados podem resultar — sem colocar o negócio ou os clientes em risco real.

Enquanto isso, os órgãos reguladores podem identificar necessidades de mudanças na regulamentação ou a criação de novas regras para atender às novas demandas do mercado. O Bacen pretende colocar seu sandbox regulatório em prática no ano que vem.

Outro modelo de negócios que vai fomentar a interação entre empresas tradicionais e fintechs é o Open Banking, que também deve ser implementado em 2020 no Brasil. Ele permite que bancos compartilhem dados de seus clientes — somente com o consentimento do usuário — com outras empresas. Isso abre espaço para a oferta de novos serviços e para experiências de uso fluidas, dinâmicas e seguras. As fintechs, assim, podem usar a API dos bancos para oferecer soluções inovadoras e diferenciadas de forma integrada.

Para que a tecnologia traga benefícios para a empresa e para o cliente, é fundamental que os bancos tradicionais e as fintechs invistam em soluções automatizadas que obedeçam aos compliances do setor e mantenham os negócios longe de fraudes e outros riscos. O Background Check, biometria facial e leitura de documentos da idwall asseguram um onboarding digital que atende às suas necessidades e às exigências do cliente. Entre em contato pelo formulário abaixo e saiba mais: