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Fintechs em 2020: como será o ano e 7 perspectivas para essas empresas

by Mariana González

Em 2019, o Brasil ultrapassou a marca de 600 fintechs, o que coloca o país em uma posição altamente estratégica de liderança na América Latina. Isso, por sua vez, movimenta o cenário regulatório para essas empresas, ampliando tanto os desafios quanto as perspectivas de negócio. Os avanços da tecnologia também contribuem, enquanto as expectativas dos usuários não param de crescer.

Para este ano, as fintechs prometem continuar se destacando no mercado. Quer saber quais são as expectativas para 2020 e as perspectivas para o futuro próximo? Acompanhe:

1. Open Banking

O Banco Central encerra em 31 de janeiro de 2020 sua consulta pública para a implementação do Open Banking no Brasil, prevista para ser regulamentada e posta em prática no ano que vem.

O modelo de negócios enxerga o cliente como dono de seus dados pessoais e, portanto, permite que ele escolha compartilhar seu histórico e informações armazenadas pelo banco com outras empresas. Dessa forma, é possível ter acesso a serviços personalizados, experiências mais ágeis e soluções diferenciadas. Um único aplicativo, por exemplo, poderia fornecer um compilado automatizado de todas as contas bancárias de um indivíduo; além disso, outras soluções completamente novas devem surgir.

Implementado no Reino Unido em 2018, o Open Banking prevê que os bancos disponibilizem suas APIS, com as quais fintechs e outros players do mercado financeiro podem fornecer serviços mediante consentimento dos clientes. Para tanto, o Bacen determinou requisitos e cuidados mínimos para garantir a segurança dos processos; a parceria entre fintechs e bancos será fundamental para o sucesso do modelo de negócios, também chamado de Sistema Financeiro Aberto no Brasil.

2. Banking as a Service

Complementando a tendência do Open Banking, o conceito de Banking as a Service (BaaS, ou “banco como serviço”) reformula a maneira com que as fintechs oferecem seus serviços aos clientes finais, fornecedores e parceiros de negócio.

A ideia do BaaS é reunir quantas empresas forem necessárias para fornecer um fluxo completo de serviços de maneira integrada, rapidamente e em uma única plataforma. É fundamental estar em compliance com as leis que governam o mercado financeiro e incluir features que vão além da oferta de um serviço financeiro. Outra grande preocupação é a segurança, que pode ser fortalecida por meio de uma autenticação de dois fatores, por exemplo.

Espera-se que o crescimento intenso das fintechs movimente a evolução do Banking as a Service, e vice-versa. Isso reforça a importância de bancos tradicionais e players inovadores atuarem lado a lado.

3. Foco no UX — desde o onboarding

A experiência do usuário, ou user experience (UX), é uma preocupação crescente. Cada vez mais exigentes, os clientes buscam hoje muito mais do que produtos e serviços variados e de qualidade; eles também requerem experiências ágeis, dinâmicas, interessantes e de alta qualidade.

E a preocupação com a UX deve estar presente desde o onboarding, momento de forte impacto para a retenção do cliente. É durante o cadastro que ele terá um contato em primeira mão do que seu banco tem a oferecer e de como será a experiência posterior de mobile banking, tanto em termos da gama de serviços quanto de segurança e rapidez.

Para fortalecer e inovar no processo de onboarding, invista em ferramentas de alta qualidade e mapeie todos os pontos de gargalo na UX. É importante também buscar por personalização e transmitir a imagem e as maiores qualidades da sua empresa. Ao criar uma experiência de cadastro agradável, ágil e segura, o usuário sente-se satisfeito e tem maiores chances de permanecer como cliente do banco.

4. Sandbox regulatório fomenta ambiente de inovação

Visando fomentar o desenvolvimento de soluções inovadoras, aproximar os órgãos reguladores cada vez mais das startups e conseguir inovar as regulamentações existentes e entender as necessidades de novas regras para o mercado financeiro, o Bacen e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) anunciaram este ano os planos para a estruturação de um programa de sandbox regulatório no Brasil.

O sandbox regulatório é um ambiente de testes para soluções e produtos inovadores e de real impacto para o ecossistema e para os consumidores, em que as regras de compliance são flexibilizadas para que as empresas participantes possam arriscar sem medo de contrapartidas.

Dessa forma, é possível entender como aquela solução se comporta sem realmente prejudicar os consumidores e a empresa, enquanto os reguladores podem entender se há necessidade de alterar as regras ou estabelecer novas regulamentações — e, além disso, orientar as empresas participantes sobre as melhores formas de readequar o produto para que fique pronto para ir ao mercado.

No Congresso de Risco da FEBRABAN, o sandbox regulatório também teve destaque. Em painel sobre o tema, Antonio Marcos Fontes Guimarães, Chefe de Subunidade do Departamento de Regulação do Sistema Financeiro do Bacen, informou que as discussões sobre o assunto estão muito avançadas e que, em breve, a regulação deve ir para consulta pública.

5. Alta personalização

Além de agilidade e UX de qualidade, os clientes também exigem níveis cada vez mais altos de personalização em seus serviços — incluindo bancários. A evolução da análise de dados auxilia consideravelmente nesse aspecto, já que providencia insights relevantes e permite que o banco faça melhor uso de todas as informações valiosas a que tem acesso.

Enquanto as tecnologias evoluem e fazem com que os bancos ofereçam serviços cada vez mais similares entre si, inclusive no que tange aos prazos e taxas, é preciso buscar diferenciação em outros aspectos. A personalização, assim, permite moldar a experiência de cada cliente de acordo com suas necessidades e exigências individuais, assegurando que a sua empresa é capaz de entregar exatamente o que ele precisa e fortalecendo a retenção em uma era de clientes cada vez menos fidelizados.

6. Transformação digital constante nos meios de pagamento

O setor dos meios de pagamento é um dos que mais cresce e inova no mercado financeiro. A busca constante por novas possibilidades, tanto por parte dos clientes quanto das empresas, faz com que diferentes formatos de disponibilização e gerenciamento de serviços surjam com frequência. Hoje, diversas organizações de fora do mercado financeiro também lançam seus próprios serviços de pagamento.

Essas empresas visam alcançar novas formas de engajamento com seus clientes e ampliar o leque de serviços, tornando-se assim ainda mais presentes na vida de seu público. Com isso, é possível aumentar as taxas de conversão e retenção, além de fortalecer o caráter de inovação e modernidade da companhia.

7. Mercado financeiro como um todo em busca de inovação

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, declarou recentemente que “Não é questão de ser fintech ou ser banco, todos terão que ser digitais”. A frase resume bem o contexto do mercado financeiro para 2020: a inovação é uma necessidade urgente, e não apenas quando falamos de fintechs.

Isso resulta também em experiências cada vez mais integradas e personalizadas, ampliando ainda mais as perspectivas para as fintechs. A busca por inovação vai acelerar cada vez mais, fazendo com que a importância das fintechs para os demais players do mercado também cresçam.

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