Cada vez mais, o mercado financeiro caminha para a digitalização e para a inovação. Com isso, o dinheiro em espécie, pouco a pouco, vai sendo deixado de lado. Mas será que, em algum momento, as transações em papel vão deixar de existir? Neste sentido, como vai evoluir o futuro dos meios de pagamento? Vamos tentar responder e analisar estas tendências com o apoio de alguns estudos.
Segundo levantamento da PwC, intitulado “Pagamentos: o cenário a partir de 2025”, o volume de transações sem dinheiro em espécie no mundo deve quase triplicar até 2030, na comparação com 10 anos antes.
Em 2020, por exemplo, esse montante atingiu a marca de US$ 1,035 trilhão, enquanto a previsão para 2025 é de US$ 1,882 trilhão e, para 2030, é de US$ 3,026 trilhões.
Ao observar de forma segmentada pelas regiões do mundo, todos os locais deverão apresentar este crescimento de duplicação ou até triplicação no uso de pagamentos digitais.
Outro estudo da Febraban em parceria com a Deloitte, o “3º volume da Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária 2022”, também mostra esta tendência do futuro dos meios de pagamento. Na pesquisa, 7 em cada 10 operações bancárias feitas no Brasil foram realizadas pela internet e pelo celular em 2021.
Em concordância com tais números, dados do Banco Central revelaram que R$ 40 bilhões de dinheiro em espécie deixaram de circular entre janeiro e outubro de 2021.
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O que você vai conferir:
Mas qual é o futuro dos meios de pagamento?
Ainda de acordo com a pesquisa da Febraban, um movimento que influencia bastante a mudança no futuro dos meios de pagamento é o crescimento do mobile banking. Isso porque houve uma grande movimentação financeira pelo celular em 2021, com aumento de 75% em relação ao ano anterior.
Com o mobile, os consumidores têm mais conveniência, rapidez e comodidade no uso dos serviços financeiros. O que impacta diretamente os pagamentos, já que os usuários passam a utilizar mais os QR Codes, o Pix, as carteiras digitais, entre outras modalidades.
Para se ter uma ideia, entre março de 2021 e o mesmo mês de 2022, houve um crescimento de 809% no número de usuários que pagaram mais de 30 PIX por mês.
Além disso, a base geral de usuários cadastrados no sistema saltou 72% no período, enquanto os usuários que receberam mais de PIX por mês tiveram um boom de 464%.
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O próprio estudo da Deloitte elenca algumas tendências de futuro dos meios de pagamento. Vamos a elas:
1. Inclusão financeira
O Banco Central está alavancando iniciativas envolvendo novas tecnologias para impulsionar o futuro dos meios de pagamento. Neste sentido, os pagamentos com QR Code fornecem acesso fácil e barato para pagamentos digitais, seja para comerciantes ou consumidores, por meio de dispositivos móveis.
2. Pagamentos instantâneos
Como grande exemplo de pagamento instantâneo, o PIX já se tornou um elemento indispensável na rotina financeira dos brasileiros. Sua introdução impactou diretamente o uso de meios tradicionais como Doc/Ted, boleto, cheque e até mesmo os cartões.
Por conta da ampla adesão dos consumidores a este modelo, os próprios bancos passaram a reavaliar seus serviços financeiros.
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3. Moedas digitais
Cada vez mais se fala sobre criptomoedas e, para tomar conta desse processo, os bancos centrais estão desenvolvendo moedas digitais nacionais. Inclusive, 60% dos bancos centrais estão na etapa de análise do uso dessas moedas, enquanto 14% já realizam testes-piloto.
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4. Carteiras digitais
Por fim, outra tendência do futuro dos meios de pagamento é a carteira digital. Com a proliferação dos pagamentos móveis, os consumidores devem passar a aderir mais a esta modalidade, já que se trata de um recurso mais rápido do que cartões e bancos para a realização de transações.
Aliás, segundo o “Relatório de Tendências 2022: o consumidor no centro dos pagamentos”, elaborado pela Zoop, foi verificado um crescimento de 89% no uso das carteiras digitais no Brasil.
Qual o futuro dos pagamentos e do dinheiro?
Para encerrar o tema por hoje, o futuro dos meios de pagamento é cada vez mais digital sim. Inclusive, de acordo pesquisa da Opinion Box, 71% dos entrevistados acreditam que o digital vai eliminar o dinheiro de papel no futuro.
No entanto, o dinheiro em espécie ainda é a 3ª forma de pagamento mais utilizada no país. Na lista, estão:
- Cartão de crédito (80% das pessoas)
- PIX (77%)
- Dinheiro (73%)
- Cartão de débito (66%).
O efeito dessa mudança para os bancos
De olho nessas tendências, fica claro que os diversos players do mercado financeiro precisam se preparar para esse novo caminho dos meios de pagamento até 2030. Tantos os bancos e instituições financeiras, como provedores de pagamentos, fintechs e outras empresas que fornecem tecnologia devem trabalhar em várias frentes:
- Melhorar a segurança no acesso aos serviços financeiros e pagamentos, evitando e minimizando o risco de fraudes;
- Aprimorar a experiência do usuário no processo de abertura de conta, aceitação do cliente e realização dos serviços;
- Integrar tecnologias para continuar evoluindo o sistema digital de pagamento de forma contínua;
- Automatizar operações de extração de dados e verificação dos usuários durante seu cadastro.
Enfim, são muitos os desafios que aguardam as empresas do setor que, se quiserem se manter competitivas e atrair mais clientes, precisarão garantir segurança, transparência, inovação e confiança.
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