Skip to content Skip to footer

O que é reconhecimento facial? Entenda como a tecnologia funciona

O reconhecimento facial já é uma técnica de identificação biométrica rotineira no nosso dia a dia. Afinal, quantas vezes você precisou usar o seu rosto para desbloquear o celular ou fazer um cadastro em algum aplicativo? 

A tecnologia, que registra a geometria espacial das características únicas do rosto de cada um, faz parte dos processos de autenticação de usuários. Tais operações são utilizadas para garantir que quem está tentando acessar a conta, ou o serviço, é realmente quem diz ser.  De acordo com uma pesquisa realizada pelo LastPass, no Brasil:

  • 78% das pessoas afirmam confiar mais na impressão digital ou no reconhecimento facial do que nas senhas em texto como método de autenticação. 

Para corroborar esse estudo, um levantamento da Visa, em conjunto com a AYTM Market Research, mostra que 90% dos consumidores brasileiros revelaram estar familiarizados com a autenticação por biometria (impressão digital, voz, reconhecimento facial e até digitalização ocular). Além disso, 85% consideram a tecnologia mais rápida do que inserir senhas.

Usado para deixar o acesso a serviços públicos e privados ainda mais prático, o reconhecimento facial possui uma série de benefícios. Entre os principais estão a alta precisão e níveis extras de camada de segurança. Assim, os processos de validação de identidade se tornam mais assertivos, evitando possíveis fraudes e minimizando o risco de golpistas se passarem por outras pessoas.

A seguir, entenda o que é o reconhecimento facial, como funciona, quais são as principais variações existentes e por que a sua empresa deveria pensar em adotá-lo em seu processo de cadastro. 

Leia também: Roubo de identidade: conheça os tipos de fraude por personificação mais comuns

Descubra o que é reconhecimento facial na prática 

O reconhecimento facial é uma tecnologia que utiliza padrões biométricos para identificar uma pessoa com mais agilidade e precisão. Assim como outras formas de identificação biométrica, como a impressão digital ou leitura da íris, o reconhecimento facial considera características únicas de um indivíduo para confirmar que ele é quem diz ser. 

Comparado à impressão digital, utilizado desde o princípio do século XX, o reconhecimento facial é bem recente – foi somente a partir dos anos 60 que o governo dos Estados Unidos solicitou o desenvolvimento de um sistema semiautomático que se assemelhava ao que conhecemos hoje.  

Leitura recomendadaTipos de biometria para reconhecimento de usuários: conheça os principais

Como um sistema de reconhecimento facial funciona? 

Um sistema de reconhecimento facial, analisa e compara um determinado rosto com imagens armazenadas previamente em uma base de dados. Utilizando algoritmos, esse sistema rastreia e mapeia os padrões de uma face humana em formatos geométricos e logarítmicos para então identificar as suas características únicas.

Por meio dessas características, é possível mapear o perfil do usuário identificando, por exemplo, o contorno do rosto, distância entre olhos e nariz, profundidade, cicatrizes, entre outros. 

É por meio da predição que o reconhecimento facial determina a probabilidade de um rosto ser o mesmo que foi apresentado em um documento ou armazenado em uma base de dados.

Veja um passo a passo do processo de reconhecimento facial  

  • O rosto de uma pessoa é capturado em foto ou vídeo; 
  • A ferramenta de reconhecimento facial mapeia os padrões do rosto e analisa a imagem buscando características faciais únicas, os chamados pontos nodais. Nosso rosto tem aproximadamente 80 pontos nodais, entre eles a distância entre os nossos olhos, tamanho do nariz e tamanho da mandíbula; 
  • Após essa análise, é gerada uma espécie de “assinatura única” do rosto, que vai ser comparada com todos os outros rostos armazenados em bancos de dados públicos ou privados – por aqui, um dos bancos mais conhecidos é o do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro);
  • Agora é a hora de estabelecer o grau de compatibilidade entre as imagens. É ele que vai dizer se a pessoa é, de fato, ela mesma. 

Variações de reconhecimento facial

Existem três variações principais do reconhecimento facial: 

Classificação 1:1

Também conhecida como verificação, a classificação 1:1 compara a imagem com uma identidade única e conhecida, concluindo assim se a identidade corresponde à imagem recebida. Nesse caso, o input da imagem é conhecido e só precisa ser verificado, como é o caso de sistemas de login. 

Classificação 1:N

Essa classificação é conhecida como identificação – é nela que uma imagem é comparada a uma série de identidades para determinar qual delas apresenta o maior grau de similaridade. Na classificação 1:N, o input da imagem pode ser conhecido ou desconhecido. 

Classificação N:N

Esta classificação tem como objetivo identificar várias faces em uma determinada imagem de input. Dessa forma, uma identidade única é atribuída a cada uma das faces, por meio de um algoritmo de reconhecimento facial em uma classificação 1:N. Um exemplo seria o reconhecimento facial utilizado em câmeras de vigilância. 

Saiba mais: Tipos de biometria para reconhecimento de usuários: conheça os principais

Benefícios da tecnologia

Adotar essa tecnologia para validação de identidade é uma vantagem competitiva frente ao mercado e também uma medida de segurança essencial para as organizações e para os usuários. Existem diversos benefícios em implementar o reconhecimento facial no dia a dia da sua empresa. Confira: 

Mais segurança

De acordo com um estudo realizado pela Febraban, só em 2020, foi registrado um aumento de 80% nas tentativas de fraude em instituições financeiras. 

Por isso, o reconhecimento facial é uma ferramenta muito útil, pois oferece uma camada extra de segurança para o usuário e para as empresas, sendo um método efetivo no combate a golpes e fraudes de identidade.

Isso acontece porque os dados biométricos são mais difíceis de serem roubados do que outros métodos de autenticação convencionais, como a utilização de senhas. 

Em situações práticas de empresas, pode ser implementado em processos internos, como por exemplo:

  • Medidas de segurança da informação
  • Parte do gerenciamento de acessos
  • Aberturas de contas e onboarding digital
  • Reset de senhas
  • Atualização de cadastros
  • Autenticação de motoristas e passageiros em apps de transporte
  • Autorização de pagamentos, resgates e transferências
  • Retirada de produtos por autoatendimento
  • Contratação e renovação de serviços
  • Entre outros

Com o reconhecimento facial, essas operações têm a garantia de que os usuários são eles mesmos.

Veja também: Fraude de identidade: principais desafios e como se prevenir

Maior precisão e agilidade nos resultados

Aliando a análise de características únicas dos usuários com tecnologias como o machine learning, as ferramentas de reconhecimento facial apresentam resultados cada vez mais precisos e ágeis. Neste post, explicamos como a ferramenta de Face Match da idwall consegue apresentar uma taxa de aprovação maior do que 80%! 

Existem soluções de reconhecimento facial que contam com funcionalidades de liveness, ou prova da vida, que exigem uma movimentação por parte do usuário para que os seus sensores biométricos identifiquem se é realmente uma fonte viva, ou uma foto, por exemplo.

Dessa forma, é possível assegurar resultados mais assertivos quanto à validação da identidade daquele usuário. 

Melhoria na experiência do usuário

Além de tornar processos de cadastro e acessos mais simples para o usuário, as soluções de reconhecimento facial utilizam hoje diversas ferramentas que otimizam a experiência durante a etapa de identificação, tornando a experiência do usuário mais fluida.

O SDK Capture Suite, por exemplo, orienta os usuários sobre como realizar as selfies para que as imagens saiam com a qualidade adequada, o que evita reprovações indevidas.

Leia mais: Entenda a relação entre deepfake e reconhecimento facial

Desvantagens do reconhecimento facial

Embora ofereça muitos benefícios, o reconhecimento facial também tem suas desvantagens. Principalmente para o público final que, em geral, não se sente confortável com a tecnologia. Veja, a seguir, quais são as principais desvantagens de um sistema de reconhecimento facial.

Viola a privacidade do cidadão

Os sistemas de reconhecimento facial podem ser usados de diversas formas, para identificar pessoas em diferentes situações. A tecnologia já vem sendo utilizada por sistemas de segurança para localizar criminosos e controlar acessos. No entanto, em alguns casos, as pessoas não são notificadas sobre a captura e uso de sua imagem. Ou seja, também não foram questionada sobre a autorização do uso dessas imagens.

Lembre-se: se você optar por uma ferramenta de reconhecimento, o tratamento de dados deve estar de acordo com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), sempre considerando o consentimento explícito do usuário e explicando para qual finalidade a informação é necessária, já que dados biométricos são considerados sensíveis. 

Está sujeito a erros

Toda tecnologia está sujeita a erros e, com o reconhecimento facial, não seria diferente. Isso pode impedir que uma pessoa consiga fazer um cadastro em um serviço, ter seus acessos bloqueados e até consequências mais drásticas. Por isso, o reconhecimento facial precisa, em primeiro lugar, contar com uma tecnologia o mais precisa possível. Em segundo lugar, a ferramenta não deve ser usada como única forma de identificação e validação de identidade. Aqui o ideal é ter o apoio de verificações de documentos e pesquisas de informações dos usuários em bancos de dados.

Leitura recomendada:

Evite os principais tipos de fraudes com as ferramentas certas
5 formas de verificar identidade dos seus clientes com as tecnologias da idwall

Soluções da idwall que usam reconhecimento facial

A idwall oferece ferramentas que tem usam o reconhecimento facial e a verificação biométrica como forma de evitar fraudes de identidade. Conheça:

Face Match

A tecnologia de Face Match tem foco em reconhecimento facial para reduzir o risco de fraudes por personificação. Através da comparação de uma selfie e a foto usada no documento, a solução da idwall confirma que seus usuários são quem realmente eles dizem ser.

Como funciona?

Passo 1: Foto do documento

Para fazer o credenciamento de usuários via reconhecimento facial é necessário enviar uma foto inicial. Ao enviar uma foto da CNH, por exemplo, estabelecemos uma das referências para o reconhecimento facial. 

Passo 2: Selfie e prova de vida

O usuário faz uma selfie para o reconhecimento facial. Assim, temos uma foto atual para comparar com o documento de identidade e garantir que a pessoa com o smartphone na mão é quem diz ser. Nossa ferramenta ainda conta com o liveness check (prova de vida), que garante que a foto foi tirada ao vivo, evitando que alguém utilize uma foto de outra pessoa. 

Passo 3: Score de correspondência automatizado

Usamos técnicas avançadas de machine learning para calcular a probabilidade de correspondência e enviamos um score automatizado. 

Face Liveness

Solicitamos que o usuário sorria durante a captura para evitar que fraudadores forjem o processo de envio de imagens. Depois, analisamos a qualidade da imagem para detectar o uso de máscaras, fotos tiradas a partir de outras telas e deep fakes.

Com uma selfie e o número do CPF, o Facelink realiza verificações biométricas a partir de uma base de faces, em que analisa se os dados biométricos e cadastrais daquele usuário estão realmente conectados à sua identidade e, assim, certificando se, de fato, aquele usuário é realmente quem diz ser.

Como funciona?

Passo 1: Envio de dados

O usuário envia uma selfie e o seu número de CPF.

Passo 2: Análise de informações

Depois, nós verificamos se os dados cadastrais e biométricos estão realmente associados a essa mesma pessoa.

Passo 3: Taxa de confiança

Retornamos um índice de confiança a respeito dos dados verificados para você aprovar ou reprovar os seus usuários automaticamente.

O ideal é investir em um conjunto de soluções que analise seus documentos, além da biometria facial.

Com as ferramentas de reconhecimento facial da idwall, 3 a cada 100 usuários são identificados como um possível risco por
enviarem fotos suspeitas durante uma verificação biométrica.

Conheça a plataforma da idwall

A plataforma da idwall une tecnologia, gestão integrada dos processos de gerenciamento de riscos, compliance, onboarding digital e prevenção a fraudes de identidade, com praticidade e segurança, em um só lugar.

Assim, é possível gerenciar as informações dos seus usuários e todas as etapas de verificação biométrica, garantindo o cumprimento das normas regulatórias, reduzindo fraudes, automatizando processos e agilizando a tomada de decisões.

Com isso, nossa plataforma vai muito além do onboarding digital e é aplicada em operações diversas, como KYC e PLD, detecção de risco, orquestração de processos, verificação de empresas, verificação de veículos e motoristas, validação de documentos, e muito mais.

Saiba mais: Conheça a plataforma de validação de identidade, gerenciamento de riscos e onboarding digital da idwall – baixe o nosso kit!

Veja só os números de operações efetuadas em 2022:

A idwall realizou mais de 300 milhões de verificações para nossos clientes. A cada segundo, 3 pessoas foram verificadas pelas nossas soluções.

Dessas, mais de 17 milhões eram possíveis tentativas de fraudes. Foram mais de 30 suspeitas de fraudes identificadas por minuto.

Para descobrir como a sua empresa pode garantir mais segurança em processos de cadastro de usuários com nossas tecnologias, entre em contato com a nossa equipe de especialistas e saiba mais!