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É verdade que pequenas e médias empresas não devem se preocupar com fraudes?

Impulsionadas pelos frequentes escândalos de corrupção no governo, a sanção da Lei Anticorrupção (nº12.846/13) e a visibilidade da Operação Lava-Jato fizeram com que as empresas no Brasil ficassem mais atentas às ações de prevenção e combate à fraude.

Ainda assim, esse tipo de crime continua sendo negligenciado, especialmente por pequenas e médias empresas – e, segundo pesquisa divulgada pela Emailage, esse comportamento não é exclusivo dos brasileiros.

Realizado com empresas dos Estados Unidos e Canadá, o estudo Why fraud prevention is a strategic investment for businesses of all sizes aponta que 48% dos entrevistados acreditam que sua organização é pequena demais para ser alvo de fraudes.

58% responderam também que acreditam estar menos suscetíveis a fraudes online do que grandes empresas – a pesquisa tomou como base as respostas de 1000 pessoas em cargos de liderança, incluindo proprietários, executivos e gerentes.

A negligência com a adoção de ferramentas preventivas tem algumas justificativas por trás – a primeira delas é, justamente, o fato de que pequenas empresas acreditam que passarão despercebidas aos olhos dos fraudadores, por causa de seu tamanho. A segunda diz respeito às limitações financeiras, fazendo com que elas prefiram atribuir outras prioridades ao seu dinheiro. Esse pensamento nunca se mostrou tão errôneo.

Segundo a mesma pesquisa da Emailage,  23% das empresas entrevistadas foram atingidas por fraudes nos últimos 12 meses, e as perdas nos Estados Unidos chegaram a $28.313 por organização.

Esse prejuízo mostrou-se ainda maior em negócios com números de funcionários que variavam entre 10 e 49, onde o valor perdido chegou a $37.258. E, por mais que 80% dos entrevistados reconheçam que a prevenção deve ser uma das prioridades mais urgentes, 31% afirmam que têm sofrido mais fraudes do que nunca.

Quando se olha para o cenário brasileiro, 11% das micro e pequenas empresas tiveram algum tipo de prejuízo financeiro por causa de golpes realizados por estelionatários – apesar disso, a segurança ainda passa longe das preocupações de empresários brasileiros.

Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) aponta que, entre os crimes mais cometidos em 2018, estão o recebimento de cheques falsificados ou roubados (33%), transações feitas com cartões de crédito clonados (25%), compras realizadas com RG, CPF e CNH de terceiros (10%) e uso de documentos falsificados (10%).

Além dessas fraudes, tidas como ameaças externas, há ainda ameaças internas com as quais as micro, pequenas e médias empresas têm que se preocupar – como exemplos, podemos mencionar os ataques ligados à cibersegurança (como o phishing), que resultam em roubos e utilização/venda de informações pessoais por terceiros para a aplicação de golpes.

Como consequência, alguns mercados podem ser duramente impactados, como o financeiro, sendo este um dos mais afetados pelas tentativas de fraude de identidade.

Devido aos prejuízos financeiros e danos à reputação que podem ser causados por atividades fraudulentas, pensar em estratégias e ferramentas de prevenção não é mais uma opção, e sim um must have que pode garantir vantagem competitiva ao seu negócio.

Por menores que sejam, pequenas e médias empresas estão expostas às fraudes tanto quanto as grandes organizações – com a diferença de que estão suscetíveis a quebrar ainda mais rápido com as suas consequências.

Alguns passos para prevenir e combater a fraude em pequenas e médias empresas

Para evitar a ação de fraudadores, um dos primeiros passos que podem ser tomados é analisar e validar, de forma adequada às regulamentações do mercado e demais leis que regem procedimentos de verificação e validação de identidade, documentos e histórico de fornecedores, colaboradores e possíveis clientes.

Algumas das checagens mais comuns são a verificação de documentos como RG, CPF e CNH, realizada com o objetivo principal de confirmar informações básicas de uma pessoa.

Além disso, há ainda o background check, validação de informações em fontes de dados públicas e privadas, com o intuito de fazer uma análise de risco do negócio. Com a busca de antecedentes criminais, por exemplo, pode-se verificar se a pessoa já cometeu outras fraudes financeiras anteriormente.

Olhar atentamente para o ambiente interno também é importante – isso pode ser feito por meio de auditorias internas e por treinamentos, palestras e programas de compliance. Além disso, pequenas e médias empresas podem desenvolver um código de conduta para orientar o comportamento dos colaboradores.

O código também deve orientar sobre quais procedimentos os colaboradores devem tomar tenham suspeitas ou saibam de atividades internas fraudulentas. Esse documento deve estar sempre atualizado, e treinamentos sobre ele devem ser realizados periodicamente.

Por fim, buscar soluções automatizadas pode não apenas trazer economia de tempo e permitir que sua equipe se dedique ao core do seu negócio, como também pode fornecer inteligência para que você tome as melhores decisões para a sua empresa, protegendo-a das fraudes. Entre em contato com nossos especialistas abaixo e saiba como podemos ajudar!