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Reconhecimento facial: como os bancos utilizam essa ferramenta para combater fraudes

O aumento de interações via telefonia móvel tem gerado grande impacto no mercado financeiro, e as instituições bancárias são algumas das mais afetadas pelo crescente uso de aparelhos celulares.  Esse boom originou facilidades como o mobile banking, democratizando o acesso a serviços bancários e contribuindo para a inclusão digital dos brasileiros.

Embora seja uma estratégia importante para a bancarização da população brasileira, o mobile banking também abre portas para crimes cibernéticos. Isso leva os bancos a investirem em soluções tecnológicas como o reconhecimento facial para combatê-los.

Segundo a Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN), as operações feitas por mobile banking representam um terço de todas as transações realizadas no Brasil, sofrendo um aumento de 96% entre os anos de 2016 e 2017. Ao mesmo tempo, os cibercrimes são responsáveis por mais de R$ 1 bilhão em prejuízos para o sistema financeiro nacional.

Para evitar essa perda, os bancos passaram a investir em segurança ainda durante o onboarding de usuários, garantindo múltiplas camadas de proteção desde o primeiro momento em que o contato com novos clientes é estabelecido. Saiba como a detecção de faces tem sido utilizada para auxiliar no processo de validação de identidade realizado pelo mercado financeiro.

Biometria ajuda a solucionar maiores desafios dos bancos

O prejuízo com crimes cibernéticos é apenas um dos desafios enfrentados pelas instituições bancárias atualmente. Do outro lado, os clientes exigem agilidade nos processos – a abertura de uma nova conta, por exemplo, costuma ser um dos procedimentos mais trabalhosos para o cliente e para o banco.

Em um cenário onde 38% dos clientes acreditam que uma boa experiência do usuário é fator determinante na escolha de um banco digital (Deloitte), torna-se necessário oferecer um serviço ágil e livre de fricção. Na mesma pesquisa, 26% dos entrevistados apontaram o fácil cadastramento e login como os itens mais valorizados nesse processo de decisão.

Por isso, o setor financeiro tem adotado soluções de biometria para fortalecer seu sistema de validação de identidade e facilitar o onboarding. Elas possibilitam que a identificação do usuário aconteça com base em suas características biológicas únicas ao invés de ser estabelecida em sistemas de verificação frágeis como senhas, que correm o risco de ser esquecidas ou roubadas.

Além disso, ferramentas biométricas já têm forte aceitação entre a população – um estudo publicado pela Mastercard em 2017, realizado em parceria com a Oxford University, apontou que 90% dos respondentes estavam dispostos a adotar biometria como uma forma segura de verificação, substituindo as senhas e PINs.

Reconhecimento facial integra sistemas com múltiplas camadas de segurança

Uma das soluções biométricas que vêm ganhando destaque no combate à fraude dentro do mercado financeiro é o reconhecimento facial.

Utilizado junto ao OCR e outros produtos tecnológicos que auxiliam na verificação de identidade, ele pode prevenir crimes como a abertura de contas falsas com documentos e informações pessoais de terceiros.

Como necessitam de câmeras para sua operacionalização, as ferramentas de detecção facial foram popularizadas entre os serviços financeiros à medida que os smartphones também tornaram-se mais comuns. Alimentadas por algoritmos de machine learning, elas aprendem com imagens com as quais são constantemente expostas, passando a identificá-las com maior precisão.

O processo de reconhecimento facial segue uma série de passos. Primeiro, são detectadas e coletadas características faciais específicas de um indivíduo com o propósito de autenticá-lo – nesse momento, são verificados elementos como a distância entre os olhos, o comprimento do nariz e o formato do rosto.

As informações encontradas originam uma espécie de “identidade facial digital”, transformada em código numérico e comparada com imagens que já tenham sido previamente enviadas e armazenadas em bancos de dados.

Dessa forma, as soluções de reconhecimento facial emitem uma pontuação que determina o nível de similaridade entre o rosto avaliado pela ferramenta e uma imagem preexistente.

Algumas ferramentas também solicitam a chamada “prova de vida”, um recurso cada vez mais utilizado em que o usuário deve gravar um vídeo de si mesmo ou tirar uma sequência de selfies. Assim, o movimento e as mudanças de expressão garantem que ele é realmente a pessoa retratada.

Adotar uma solução de reconhecimento facial pode ser simples – para a empresa e para o cliente. Saiba como seu negócio consegue garantir a melhor experiência de onboarding e tornar o processo de validação de identidade tão fácil quanto tirar uma selfie.