O mercado de seguros brasileiro viveu uma forte expansão no ano de 2022 após momentos de incerteza e turbulência vividos por todo o mercado, em decorrência da crise que veio junto com a pandemia do coronavírus. Mas, ao mesmo tempo em que há crescimento, existe desafios no setor de seguros.
De acordo com dados da Susep (Superintendência de Seguros Privados), a demanda pelos serviços aumentou 16,2% de janeiro a dezembro, em relação ao mesmo período de 2021, com mais de R$ 355,96 bilhões arrecadados pelas empresas do segmento.
Inclusive, uma das áreas que mais teve alta foi a do seguro viagem. A procura saltou 167% em 2022 em comparação com 2021, com uma arrecadação superior a R$ 901 milhões, revelou a CNSeg.
Com tamanha evolução do segmento e a digitalização acelerada nos últimos anos, novos desafios no setor de seguros surgiram e velhos obstáculos continuam a impactar o mercado.
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O que você vai conferir:
6 principais desafios no setor de seguros
Alta concorrência no setor de seguros no Brasil
A concorrência entre os serviços de seguradoras cresceu com o boom das insurtechs. Segundo o relatório Latam Insurtech Journey, publicado em 2022, a América Latina possuía 393 empresas do tipo, com crescimento de 22% em um ano, e sendo que 33% do total está localizado no Brasil.
Além disso, o mercado de isurtech alcançou o patamar de US$ 8 bilhões em investimentos em 2022 no mundo, conforme o relatório Insurtech Global Outlook 2023.
Ou seja, este é um dos novos desafios com que as seguradoras mais tradicionais precisam ficar de olho.
Fraudes no mercado de seguros
Agora, uma dificuldade antiga é a questão dos golpes. As fraudes no mercado em processos de reembolsos, sinistros e trocas de contas correntes se tornaram uma preocupação cada vez maior.
As perdas anuais com os golpes giram em torno de US$ 50 bilhões anuais na América Latina, segundo estudo da Federação Interamericana de Empresas e Seguros. No Brasil, as fraudes atingem aproximadamente 15% das receitas das seguradoras.
Ao aprofundar o problema, o levantamento da CNSeg mostra que, em 2022, os pedidos de indenizações suspeitos somaram 11,4% dos R$ 44,7 bilhões pagos aos clientes. Desse total, 16,1% ficaram comprovados como fraude, resultando em R$ 824,9 milhões em valores perdidos.
Leia também: Como reduzir as fraudes em seguros nos processos de reembolsos e sinistros?

Foco na experiência do usuário
Segundo pesquisa da Capco, 57% dos brasileiros esperam uma melhor experiência digital com suas seguradoras. Assim, trata-se de mais um dos desafios no setor de seguros.
Então, é fundamental desenvolver uma estratégia centralizada no cliente, com as tecnologias e ferramentas necessárias para promover uma melhor experiência, mais fluida, simples e fácil.
Com maior integração, é possível ter processos eficientes e ágeis em toda a jornada do cliente, desde o onboarding até a solicitação de sinistro, garantindo também maior potencial de prevenção a fraudes.
Veja o que se pode fazer para proteger o segurado e otimizar a sua experiência:
- Aumento da segurança em todo o ciclo de vida do usuário, discernindo se o cliente é ou não é ele mesmo durante as interações.
- Otimização de operações e ganho de maior eficiência
- Melhorias na experiência do usuário com mais facilidade e menos fricção em toda sua jornada, desde a abertura de conta, atualização cadastral, transações e outras movimentações.
- Promovendo inteligência de negócios com todas as áreas de negócios conectadas, sem silos de informações, dados mais acessíveis e melhor visibilidade de toda a operação.
Uso da Inteligência Artificial
É fato que a Inteligência Artificial vem revolucionando o mundo e deixando a vida das pessoas menos complicada. Inclusive, vemos cada vez mais aplicações da tecnologia nas rotinas das empresas e o mercado segurador também tem se apoiado nos potenciais usos dessa tecnologia, como no relacionamento com consumidores e em processos cotidianos.
No segmento, os principais motivos para a adoção da IA são dados mais confiáveis e eficientes, mais segurança e aprendizado contínuo, revela o levantamento TCS Global Trend Study.
No entanto, a era da Inteligência Artificial também impulsionou o mercado de fraudes, e está cada vez mais complexo determinar se a pessoa do outro lado da tela é ela de fato, com criminosos utilizando imagens e até vídeos fake para se passar por outros.
Mas o uso da IA para prevenir a fraude de seguros atingiu um recorde histórico. Atualmente, 80% dos entrevistados usam modelagem preditiva para detectar fraudes, contra 55% em 2018. Nos próximos 12 a 24 meses, 71% estão considerando investir em tecnologia para detecção de fraudes em sinistros, segundo o State of Insurance Fraud Technology Study.
Na sua seguradora, é possível aplicar a IA na eliminação de processos repetitivos, na automatização de operações, na melhora da experiência do usuário, no aumento da segurança ao longo de toda a jornada do usuário e na potencialização do uso de dados, apoiando a geração de insights.
Modernização de tecnologias
Outro ponto destacado por um relatório da McKinsey é a necessidade de atualizar e modernizar as ferramentas tecnológicas usadas no setor de seguros no Brasil. De 2012 a 2020, por exemplo, a participação média da tecnologia nos custos operacionais das seguradoras subiu 36% para os serviços de bens e acidentes, e 10% no seguro de vida.
Isso porque a crescente digitalização exige mais investimentos em tecnologias, tanto para melhorar a experiência do cliente, como para aumentar a produtividade e o desempenho operacional das empresas na automação de processos.
Sem contar que as soluções tecnológicas contribuem na identificação de potenciais fraudes dos segurados.
Para se ter uma ideia, o mercado de tecnologia de seguros tem projeções de crescer 45% ao ano, segundo dados da Technavio. E outro estudo da McKinsey prevê que, entre 2030 e 2040, de 10% a 55% dos processos de seguros serão automatizados. O que envolve a subscrição nas empresas, o processamento de sinistros, a manutenção de registros, o faturamento etc.
Open Insurance
Por fim, mais um assunto importante para o setor de seguros no Brasil é o Open Insurance. Este sistema permite que os consumidores compartilhem informações sobre produtos e serviços relacionados aos seus seguros, entre as empresas autorizadas pela Susep (Superintendência de Seguros Privados).
A partir daí, a tendência é de que os consumidores recebam ofertas mais personalizadas e vantajosas de serviços referentes aos seguros. O projeto ainda está em evolução, mas de acordo com estudo da Accenture, os impactos devem ser sentidos apenas em 2025.
Portanto, trata-se de um sistema em consolidação que vai tanto trazer desafios, como gerar oportunidades futuras no ecossistema de seguros.
Futuro do setor de seguros no Brasil
Como todo o mercado, o setor de seguros no Brasil também tende a enfrentar dificuldades macroeconômicas nos próximos anos, como a inflação crescente, as taxas de juros elevadas, o risco de recessão, a mudança climática, entre outros.
Por isso, as seguradoras devem focar esforços em realizar uma transformação operacional em prol da automação, da transformação digital e da manutenção de uma cultura de inovação contínua, em busca de maior eficiência, economia, otimização de recursos e inteligência de negócios.
Afinal, tais atributos são requisitos primordiais para enfrentar e superar os desafios mapeados.
Além do que, com esse foco, é possível ir além de apenas cumprir e atender às exigências dos reguladores e se antecipar às expectativas de segurados e do mercado, promovendo uma cultura centrada no cliente, conseguindo prever e reduzir custos.
Como resultado, as empresas do setor podem melhorar aspectos como:
- Tomada de decisão baseada no risco
- Impulsionamento da inovação contínua
- Diferenciação da concorrência
- Crescimento do negócio
Novos riscos para o setor de seguros no Brasil
Diante deste cenário de novos desafios no setor de seguros, é importante que as seguradoras conheçam os principais riscos com os quais precisam lidar, seja para encontrar soluções em forma de serviços para os seus segurados, seja como maneira de proteger o próprio negócio.
Em um artigo na Forbes, alguns riscos listados são:
- Riscos emergentes e em evolução
Com as novas regulamentações governamentais e incertezas globais, as seguradoras precisam se preparar para atuar de acordo, a fim de atingir o seu objetivo de proteger as pessoas. Nesse sentido, as empresas podem inclusive adotar sistemas e/ou outras ferramentas para gerir esse tipo de situação e risco.
Saiba mais: Obrigações legais: validação de identidade no setor de seguros é necessário?
- Riscos mais complexos e interconectados
As seguradoras terão uma atuação ampliada com os riscos futuros cada vez mais complexos. Um exemplo é a questão das mudanças climáticas, os desastres naturais e ambientes extremos. Isto traz vulnerabilidades para pessoas, propriedades, empresas e locais de trabalho.
- Risco cibernético
Segundo pesquisa da Allianz, para 34% dos entrevistados, os incidentes cibernéticos são os principais riscos a que as organizações estão expostas. Apesar dessa não ser uma ameaça tão nova, é um desafio que os seguros devem levar em consideração. Só assim, é possível proporcionar soluções de segurança cibernética, evitando este risco para os negócios.
O seguro cibernético, por exemplo, registrou aumento de 161% em 2021, em relação a 2020, de acordo com levantamento da CNSeg.
Como a idwall auxilia a superar os desafios no setor de seguros no Brasil
Para enfrentar os desafios no setor de seguros, aumentando a produtividade e eficiência das seguradoras, melhorando a experiência do usuário, evitando fraudes e golpes, a plataforma da idwall é uma ótima opção.
Com tecnologias e ferramentas integradas, a plataforma atua na verificação de usuários, gestão de identidades, gerenciamento de riscos, prevenção a fraudes e compliance.
Assim, conseguimos ajudar as seguradoras desde o onboarding digital e solicitação de reembolsos ou sinistros até o processo de autenticação recorrente de usuários pelo aproveitamento dos dados já inseridos na plataforma.
Dessa forma, com a plataforma da idwall, a sua empresa se tornará mais segura e competitiva no mercado atual. Além disso, estara’na vanguarda tecnológica e preparada para escalar o seu negócio.
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