O setor de seguros no Brasil viveu uma forte expansão no ano de 2022 após momentos de incerteza e turbulência vividos por todo o mercado, em decorrência da crise que veio junto com a pandemia do coronavírus.
De acordo com dados da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), a demanda pelos serviços de seguros aumentou 17,1% de janeiro a novembro, em relação ao mesmo período de 2021, com mais de R$ 322,3 bilhões arrecadados pelas empresas do segmento.
Inclusive, uma das áreas que mais teve alta foi a do seguro viagem. A procura saltou 167% em 2022 em comparação com 2021, com uma arrecadação superior a R$ 901 milhões, revelou a CNSeg.
Mas, ao mesmo tempo em que o segmento conseguiu a retomada, novos desafios surgiram e velhos obstáculos continuam a impactar o setor de seguros no Brasil.
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O que você vai conferir:
Alta concorrência no setor de seguros no Brasil
A concorrência entre os serviços de seguradoras cresceu com o boom das insurtechs. Segundo o relatório Latam Insurtech Journey, publicado em 2022, a América Latina possuía 393 empresas do tipo, com crescimento de 22% em um ano, e sendo que 33% do total está localizado no Brasil.
Só no primeiro semestre de 2022, foram investidos US$ 40 milhões em insurtechs no Brasil. Ou seja, este é um dos novos problemas com que as seguradoras mais tradicionais precisam ficar de olho.
Fraudes no mercado de seguros
Agora, uma dificuldade antiga é a questão dos golpes. As fraudes no mercado em processos de reembolsos, sinistros e trocas de contas correntes se tornaram uma preocupação cada vez maior.
As perdas anuais com os golpes giram em torno de US $50 bilhões anuais na América Latina, segundo estudo da Federação Interamericana de Empresas e Seguros. No Brasil, as fraudes atingem aproximadamente 15% das receitas das seguradoras.
Ao aprofundar o problema, o levantamento da CNSeg “20º Ciclo do SQF”, divulgado em dezembro de 2022, mostrou que, no primeiro semestre de 2022, 11,4% do total de sinistros registrados no país foram classificados como suspeitos.
Destes sinistros suspeitos, 15,7% foram fraudes confirmadas, somando o total de R$ 460 milhões em valores perdidos.
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Futuro do setor de seguros no Brasil
Como todo o mercado, o setor de seguros no Brasil também tende a enfrentar dificuldades macroeconômicas neste ano de 2023, como a inflação crescente, as taxas de juros elevadas, o risco de recessão, a mudança climática, entre outros.
Por isso, as seguradoras devem focar esforços em realizar uma transformação operacional básica em prol da digitalização, da transformação digital e da manutenção de uma cultura de inovação contínua, em busca de maior eficiência, economia, otimização de recursos e inteligência de negócios.
Afinal, tais atributos são requisitos primordiais para enfrentar e superar os desafios previstos para este ano.
Além do que, com esse foco, é possível ir além de apenas cumprir e atender às exigências dos reguladores e se antecipar às expectativas de segurados e do mercado, promovendo uma cultura centrada no cliente, conseguindo prever e reduzir custos.
Como resultado, as empresas do setor podem melhorar aspectos como:
- Tomada de decisão baseada no risco
- Impulsionamento da inovação contínua
- Diferenciação da concorrência
- Crescimento do negócio
Novos riscos para o setor de seguros no Brasil
Diante deste cenário de novos desafios e obstáculos, é importante que as seguradoras conheçam os principais riscos com os quais precisam lidar, seja para encontrar soluções em forma de serviços para os seus segurados, seja como maneira de proteger o próprio negócio.
Em um artigo na Forbes, alguns riscos listados são:
- Riscos emergentes e em evolução
Com as novas regulamentações governamentais e incertezas globais, as seguradoras precisam se preparar para atuar de acordo, a fim de atingir o seu objetivo de proteger as pessoas. Nesse sentido, as empresas podem inclusive adotar sistemas e/ou outras ferramentas para gerir esse tipo de situação e risco.
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- Riscos mais complexos e interconectados
As seguradoras terão uma atuação ampliada com os riscos futuros cada vez mais complexos. Um exemplo é a questão das mudanças climáticas, os desastres naturais e ambientes extremos. Isto traz vulnerabilidades para pessoas, propriedades, empresas e locais de trabalho.
- Risco cibernético
Segundo pesquisa da Allianz, para 34% dos entrevistados, os incidentes cibernéticos são os principais riscos a que as organizações estão expostas. Apesar dessa não ser uma ameaça tão nova, é um desafio que os seguros devem levar em consideração para proporcionar soluções de segurança cibernética, evitando este risco para os negócios.
O seguro cibernético, por exemplo, registrou aumento de 161% em 2021, em relação a 2020, de acordo com levantamento da CNSeg.
Foco na experiência do cliente
Um desafio para todos os segmentos, incluindo o setor de seguros no Brasil, diz respeito à experiência do cliente. De acordo com um levantamento da PwC, um terço dos consumidores admitiu que abandonará uma marca após uma experiência ruim.
Ou seja, as seguradoras devem estabelecer políticas e medidas centradas nos clientes, no caso os segurados, a fim de proporcionar melhores atendimentos e serviços, com o intuito de mantê-lo na sua base de consumidores.
Caso não adotem ações nesse caminho, as empresas podem sofrer com uma alta taxa de desistência dos seus serviços. Este ponto se torna ainda mais relevante no contexto atual de grande concorrência com as insurtechs.
Modernização de tecnologias
Outro ponto destacado por um relatório da McKinsey é a necessidade de atualizar e modernizar as ferramentas tecnológicas usadas no setor de seguros no Brasil. De 2012 a 2020, por exemplo, a participação média da tecnologia nos custos operacionais das seguradoras subiu 36% para os serviços de bens e acidentes, e 10% no seguro de vida.
Isso porque a crescente digitalização exige mais investimentos em tecnologias, tanto para melhorar a experiência do cliente, como para aumentar a produtividade e o desempenho operacional das empresas na automação de processos.
Sem contar que as soluções tecnológicas contribuem na identificação de potenciais fraudes dos segurados.
Para se ter uma ideia, o mercado de tecnologia de seguros tem projeções de crescer 45% ao ano, segundo dados da Technavio. E outro estudo da McKinsey prevê que, entre 2030 e 2040, de 10% a 55% dos processos de seguros serão automatizados. O que envolve a subscrição nas empresas, o processamento de sinistros, a manutenção de registros, o faturamento etc.
Open Insurance
Por fim, mais um assunto importante para o setor de seguros no Brasil é o Open Insurance. Este sistema permite que os consumidores compartilhem informações sobre produtos e serviços relacionados aos seus seguros, entre as empresas autorizadas pela Susep (Superintendência de Seguros Privados).
A partir daí, a tendência é de que os consumidores recebam ofertas mais personalizadas e vantajosas de serviços referentes aos seguros. O projeto ainda está em evolução, mas de acordo com estudo da Accenture, os impactos devem ser sentidos apenas em 2025.
Portanto, trata-se de um sistema em consolidação que vai tanto trazer desafios, como gerar oportunidades futuras no ecossistema de seguros.
Como a idwall auxilia o setor de seguros no Brasil
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Com tecnologias e ferramentas integradas, a plataforma atua na verificação de usuários, gestão de identidades, gerenciamento de riscos, prevenção a fraudes e compliance.
Assim, conseguimos ajudar as seguradoras desde o onboarding digital até o processo de autenticação recorrente de usuários pelo aproveitamento dos dados já inseridos na plataforma.
Contamos com funcionalidades de verificação de documentos, verificação de biometria facial, análise e validação de dados em mais de 250 fontes, SDK Capture Suite para orientar os usuários no envio de fotos e selfies, ID Manager para gerenciamento dos perfis de usuários, e Workflow Manager para gerenciar os gatilhos e fluxos de aprovação.
Dessa forma, com a plataforma idwall, a sua seguradora se tornará mais segura e competitiva no mercado atual, estando na vanguarda tecnológica.
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