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5 coisas que o ecossistema brasileiro de startups pode aprender com Israel

by idwall

Na última semana, as startups investidas por uma das maiores Venture Capital da América Latina, a Monashees, fizeram uma viagem de imersão para Israel em busca de aprendizados e parcerias. Os enviados Paulo Ando e José Estan, ambos da IDwall, contam o que aprenderam.

Israel é um dos grandes polos mundiais de tecnologia, com uma população pequena (8,5 milhões, aproximadamente 70% da população da cidade de São Paulo), foi berço de marcas como Mobileye, ICQ, Viber, Taboola, WIX, Moovit e Waze. O país conta também com sedes de grandes nomes do Vale do Silício, como Facebook, Google, Microsoft, Intel, entre outras, para se manterem próximos do mercado e de bons profissionais. Para chegar nesse resultado, o país hebreu incubou o ecossistema de VC com o programa Yozma, o que aumentou em 60 vezes o número de investimentos em 10 anos. Hoje, a cada 10.000 habitantes, 140 são cientistas, técnicos ou engenheiros, liderando essa marca no mundo.

Essas foram as 5 principais lições que aprendemos:

Nada é impossível
Um ponto em comum no discurso de muitos palestrantes e startup que visitamos foi a convicção em seu trabalho.

Isso se dá por muitos fatores, como o serviço obrigatório no exército. Israel fica localizada no Oriente Médio, cercada por países muçulmanos, cujo os laços diplomáticos conturbados datam desde o surgimento do país, em 1948. Por isso, o servir no exército é compulsório e fundamental para a segurança do país. A cultura do exército expõe jovens a grandes grupos de tecnologia (como o famoso 8200) e a tarefas de liderança muito cedo. Com isso, os israelenses podem aprender desde sua juventude a coordenar grupos, tomar decisões difíceis, lidar com responsabilidades e a serem mais confiantes.

O Chutzpah também é um conceito importante para a formação desse otimismo em relação ao trabalho. Quando o termo surgiu, seu significado era negativo, e poderia ser traduzido como insolência. Hoje, significa audácia e ousadia, e é cultuado por todo o país.

Tenha uma visão global
Por sua população baixa, focar em vender para o mercado interno não é uma opção sustentável para nenhum empreendedor israelense. Desde a conceituação de um negócio, todos os empreendimentos são pensados e projetados para que façam sucesso internacional. Isso atrai rapidamente a atenção de investidores internacionais e contribui na adoção e compra de soluções por clientes do mundo todo.

Em comparação com o Brasil, quinto país mais populoso, muitas organizações surgem pensando apenas em consumidores nacionais. Mesmo com uma grande número de habitantes, é possível considerar que essa estatística tenha impacto negativo para o ecossistema de tecnologia, pois, além de desestimular o pensamento global, o poder de consumo e a quantidade de pessoas não se compara a países como EUA e China, que conseguem ter organizações com um direcionamento local e ainda assim se tornarem unicórnios (negócios com o valor maior do que 1 bilhão de dólares).

Seja tolerante com falhas
Diferente de nações como o Japão e a Coréia do Sul, os erros e falhas são vistos como oportunidades de aprendizagem pela comunidade de negócios israelense. Com essa ideia em mente, melhoras rápidas, testes e pensamentos mais inovadores são mais aceitos e isso é essencial para a melhora no desempenho e desenvolvimento de startups.

O imediatismo, a vaidade e a instabilidade econômica presentes constantemente na cultura brasileira fazem com que esses passos importantes para a inovação sejam vistos com receio ou de forma negativa.

Escolhas baseadas em dados
Data Driven Decisions significa usar o máximo de dados e estatísticas para se fazer escolhas. Assim, as decisões podem ser menos enviesadas e pessoais, e passam a ser mais rápidas e evidentes. Para os palestrantes do evento, os dados deveriam estar no centro de todas as estratégias de business. Coletar informações de vendas, uso e indicação de usuários junto com o monitoramento de metas se torna essencial para esse modo de gestão e deve ser feito desde o ínicio de um empreendimento.

E principalmente: velocidade
Entregar valor rápido foi o tema em que todos os mais influentes e bem sucedidos conselheiros de Tel Aviv ressaltaram. Acredita-se que a maior arma das startups seja ser veloz e que as que não possuem isso estão fadadas ao fracasso. Rapidez é tido não como uma qualidade, mas como aspecto central do plano de sucesso dessas pessoas. “Eu posso vencer qualquer mestre de xadrez, se puder mover duas peças cada vez que meu adversário mover uma.” foi uma das citações usadas por Gigi Levy-Weiss, Founding Partner da NFX Guild em sua apresentação.

Com essas observações, é provado que mesmo em lugares que não são favorecidos geograficamente, o investimento e a cultura podem tornar qualquer região em uma potência econômica mundial por meio da tecnologia. O Brasil ainda tem chance de fazer parte do grupo de nações que lidera a revolução tecnológica, porém precisa aprender com aqueles que conseguiram fazer isso e começar a repensar suas estratégias e a sua forma de gestão.

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