No último dia de Febraban Tech 2022, que aconteceu nos dias 9,10 e 11 de agosto na Bienal de São Paulo, no parque Ibirapuera, contou com painéis incríveis com especialistas do meio digital e teve destaque para Web 3, Metaverso, Defi, economia virtual e a implementação do 5G.
Perdeu alguma palestra ou quer relembrar algum conteúdo passado? Preparamos um artigo com um resumo dos painéis. Confira!
O que você vai conferir:
“Os avanços e conquistas do ecossistema fintech brasileiro”
O painel contou com a participação de Fábio Lacerda, Especialista em regulação financeira; Joyce Pereira, Chief Operating Officer (COO) da Bitz; Ricardo Taveira, CEO e fundador da Quanto; Rodrigo Salgado, Gerente Executivo de Inovação na Caixa Econômica Federal, da Caixa Econômica.
O que a gente vai ver agora é um momento de filtro para entender quais são os nichos que estão gerando valor e o que está potencialmente gerando valor”, cita Ricardo Taveira.
De acordo com Ricardo, vamos ter um foco maior em colher o que plantamos no quesito tecnologia do que começar algo. Teremos um ambiente muito mais saudável. O principal desafio é saber a amplitude da onda de investimentos.
Precisamos pensar que dentro dos bancos a área de produtos precisa ser cada vez mais responsável pela distribuição dos melhores produtos de acordo com o nicho correto. “Teremos um mercado que terá cada vez mais a centralidade dos clientes”, ressalta Fábio Lacerda, especialista em regulação financeira.
De acordo com Joyce Pereira, Chief Operating Officer (COO) Bltz, o papel das empresas financeiras é trazer não só novos produtos e funcionalidades, mas trabalhar uma educação financeira, fazendo com que os clientes saibam a melhor forma de usar o seu dinheiro com responsabilidade.
“Web 3: elementos e impactos na sociedade”
A Web3 é um dos pilares da economia 3.0, é um ecossistema online descentralizado e baseado em blockchain, onde os usuários finais passam a ter mais controle dos aplicativos e das plataformas. A tecnologia blockchain que foi lançada pelo Bitcoin permite o surgimento de ativos inovadores.
O painel foi apresentado por Denis Nakazawa, Diretor Executivo da Accenture e abordou temas como: Web 3.0, Defi, Cripto, CBDC, NFTs e Metaeconomia. De acordo com ele, a tokenização chegou para ficar e os principais tipos são: utility tokens, security, tokens, tokens de pagamento, NFTs, entre outros.
Os próximos passos para a indústria é entendermos que essas tecnologias podem permitir ao mercado novas formas para a realização de transações e monetização de ativos. É preciso entender três coisas: como essa estratégia se encaixa dentro da empresa, como trabalhar dentro da organização e por último, como fazer essa implementação.
“O mundo cripto está se desenvolvendo em paralelo e a forma de conectar é através do Open Finance”, destaca Denis.
Por fim, Denis Nakazawa comentou um pouco sobre Defi e a importância de implementar uma regulação. “O ideal é criar uma nova regulação e entender os temas relacionados a esse assunto e como funciona a tributação. Além de saber quais são os três elementos fundamentais para essa convergência”, reforça Denis.
“Entendendo o metaverso: oportunidades e desafios dos ecossistemas imersivos”
O terceiro painel, que contou com a participação de Ashok Maharaj
Head do Laboratório de realidade estendida (XR) na Tata Consultancy Services e Martin Melcop que discutiu sobre o metaverso e as oportunidades de negócio. Além disso, falou um pouco sobre quais são os desafios desses ecossistemas imersivos.
Ashok Maharaj falou um pouco sobre a definição de metaverso, indicou alguns livros que falam sobre o tema como “The Metaverse” de Matthew Ball, e falou sobre as atividades de consumo da população e como as companhias podem implementar o metaverso nesses hábitos de consumo de uma forma imersiva e que traga experiências para as empresas.
“Imersos no metaverso: novas realidades e novas formas de existir”
Com tema principal de metaverso e as formas de existir, o quarto painel contou com a participação de Duda bastos, Diretora de Negócios para as indústrias de serviços financeiros, tecnologia e telecomunicações e Apps da Meta no Brasil; George Garrido, IT Heard da F1RST Tecnologia do Santander Brasil e Thiago Dias, Vice-Presidente da Estratégia para Fintechs e Labs na Mastercard América Latina e Caribe.
Apesar do metaverso ser algo falado ultimamente com mais frequência, não é um tema novo, desde 1982 é um termo que é falado, porém o mercado está fazendo impulsões de implementação e aprendizagem, ou seja, ainda não existe uma fórmula mesmo com todo esse tempo no mercado.
Com relação a mudança do Facebook para Meta, aconteceu porque a empresa acredita que o metaverso é a evolução da internet, sendo assim, a imersão é a principal característica desse mundo online. “Para o Facebook a missão é empoderar as pessoas para criar comunidades e empoderar o mundo. Não é apenas uma empresa que vai construir o metaverso e sim uma comunidade. Em uma década estaremos experimentando esse universo.”, afirma Duda Bastos.
“Quando falamos em desafios do metaverso além das questões de tecnologia falamos de segurança, privacidade e inclusão”, ressalta Duda Bastos.
É preciso saber como os canais das organizações estão lidando com a junção da parte física com o online. A capacitação é uma das coisas que devem ser priorizadas dentro das empresas para que a implementação do metaverso aconteça de forma gradual e segura.
“A segurança cibernética já existe e nesses novos canais vai continuar existindo. Exemplo: um assédio que acontece dentro do metaverso precisa ser combatido com a lei do mundo físico”, diz George Garrido, IT Head da F1RST Tecnologia do Santander.
“Metaverso e a refiliação da Web3”
O penúltimo painel contou com a presença de Gil Giardelli, que é um estudioso de inovação e economia virtual. “Baseado em dados, tudo que temos de problema hoje está próximo de ser resolvido com a tecnologia. E sobre a Web3, temos algo descentralizado com o fim de conceitos estado e nação”, ressalta Gil.
De acordo com Gil, para que o Brasil tenha acesso a essas tecnologias precisamos ter um senso de urgência na implementação, como é o caso do 5G, pois grandes potências já estão querendo implementar o 6G, como é o caso da China. Assim, buscar inovações não significa desistir da igualdade, e sim pensar nas novas tecnologias.
“Experimentar faz a diferença nessa era do Metaverso”, afirma Gil Giardelli.
Nós entendemos que a humanidade mudou quando adotamos novos comportamentos, não novas palavras e a nova fronteira de futuro engloba: ciência, sociedade e espiritualidade.
“5G conecta pessoas, coisas e negócios”
As novas aplicações vão precisar processar as informações em tempo real e dessa forma será necessário ter uma cobertura mais ampla e com altíssima velocidade a ponto de conseguir usufruir melhor dessas tecnologias. No caso da IA no setor bancário terá grande impulsionamento pelo 5G, pois vai viabilizar essa aceleração.
Quando falamos em cidade inteligente, é preciso entender que esse é um grande desafio, pois a implementação do 5G no Brasil será gradativa, nas capitais será feito até setembro de 2022, mas nas pequenas cidades com até 30 mil habitantes o prazo é de julho de 2029. E para que a cidade inteligente aconteça, é preciso ter a Lei Geral das Antenas, e apenas 100 cidades têm essa aprovação, que é fundamental para que o acesso à tecnologia seja possível.
Através do 5G é possível ter 1 milhão de dispositivos conectados por metro quadrado e para manter a segurança é importante manter todas as regras de segurança já conhecidas: manter senhas fortes, manter o sistema sempre atualizado, entre outros.
Por último, a tecnologia pode favorecer o agronegócio a partir do momento em que oferece aos donos de fazenda a cuidar das atividades de qualquer lugar do mundo. É claro que será preciso investir em educação para ensinar a automatização aos demais funcionários, mas com essas ações os benefícios serão diversos.
EM BREVE! Fique de olho. Nos próximos dias, vamos divulgar um playbook com todos os conteúdos da Febraban Tech. Para receber a cobertura completa com o material 100% gratuito, assine a nossa newsletter!