No encerramento do Febraban Tech 2022, a última palestra foi reservada para o Banco Central mostrar seus próximos passos e planejamentos para o futuro do mercado financeiro. Com o tema “Os próximos passos e evolução da agenda do Banco Central”, o presidente do órgão, Roberto Campos Neto, abordou os principais assuntos envolvendo o setor.
O que você vai conferir:
Principais tópicos da agenda do Banco Central
PIX
Sucesso absoluto de transações e movimentações por parte dos clientes, Campos Neto disse que o PIX deve passar por um processo de internacionalização. “O PIX é super reconhecido em fóruns internacionais. Estamos internacionalizando o PIX. O sistema pode ser adotado na América Latina e rapidamente”, declarou.
Inclusive, a Colômbia tem interesse em implantar um sistema semelhante ao Pix e tem tratativas com o Brasil para evoluir este assunto. Ainda de acordo com o presidente da autoridade monetária, o PIX bateu novo recorde de movimentação na última sexta-feira, 5 de agosto.
Outro assunto trazido por Campos Neto na agenda do Banco Central foi a questão dos bancos perderem dinheiro com o sistema, quando comparado aos modelos tradicionais de transferências. “Há uma perda de receita com tarifas, mas em compensação novas contas são abertas. Tira-se dinheiro de circulação e aumenta o número de transações. No fim, todos ganham”, completou.
Open Finance
Sobre o Open Finance, Campos Neto admitiu que o Brasil já caminhou bastante, mas que ainda é preciso avançar mais para ter um ambiente bancário e financeiro plural, fortalecendo todas as instituições e trazendo vantagens para os consumidores.
“O objetivo do Open Finance é promover competição, eficiência e segurança da informação, garantindo condições de equilíbrio adequado entre instituições financeiras já existentes e novos participantes”, comentou.
Convergência financeira
Além de PIX e Open Finance, o real digital é outro tema da agenda do Banco Central que gera interesse. Segundo o presidente do BC, os testes devem ser retomados em 2023. Mas, muito além da implementação da moeda digital, Campos Neto já pensa no futuro de integração total e convergência.
“Quero mostrar hoje aqui que é tudo a mesma coisa. Tudo está integrado no mesmo projeto. São coisas que nasceram muito separadas, mas que vão terminar juntas. Tudo vai convergir. O Brasil vai ter o maior e mais conectado Open Finance do mundo”.
Para o executivo, o Brasil está na fronteira da evolução e na vanguarda do setor financeiro. “Estamos entrando em uma evolução tecnológica muito interessante, onde começamos a juntar os pedaços. Eu falava que em alguma hora a gente ia ter uma convergência, né? No fim das contas, não é razoável imaginar que, daqui a três ou quatro anos, as pessoas continuarão sendo obrigadas a ter cinco apps de bancos no celular e abrir um por um para fazer o que precisam”, concluiu.
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Crédito da foto: Assunto Digital Divulgação Febraban