A crise global causada pela pandemia de COVID-19 abriu portas para ações maliciosas de fraudadores no primeiro trimestre de 2020, que registrou um aumento de 44% no número de ciberataques quando comparado ao mesmo período no ano anterior. É o que diz o relatório Fraud & Abuse Report da Arkose Labs, empresa estadunidense especializada em segurança da informação.
O crescimento desse número é motivado especialmente pelo cenário de incerteza econômica, fragilidade emocional e alto índice de desemprego que tem assolado os países nos últimos meses. Essa foi a maior taxa de ataques já registrada pela Arkose em um trimestre, com 26,5% das ocorrências representando tentativas de fraude e abuso.
Ancorados pela mudança de comportamento nos hábitos de consumo da população e a inesperada adaptação de diversos modelos de negócio ao ambiente online, os criminosos passaram a adotar táticas de ataque automatizadas em detrimento aos ataques de baixo custo executados por humanos.
As fraudes automatizadas também ganharam espaço devido ao fechamento de diversos centros que concentravam as operações de cibercriminosos. Dessa forma, os fraudadores acompanharam a transição dos modelos de negócios e o avanço das transações online, identificando momentos de pico de atividade virtual para simular o comportamento de consumidores reais e executar seus ataques.
Esse é apenas o começo – os números apontam que essa tendência deve se repetir no próximo trimestre. Entenda o cenário da cibersegurança na COVID-19 e veja abaixo quais os setores e países mais afetados pelo aumento no número de ataques.
O que você vai conferir:
Varejo e turismo são indústrias mais impactadas, mas plataformas de tecnologia também sofrem com escalada de ataques virtuais
Para este relatório, a Arkose Labs desconsiderou ataques pouco articulados como bots e direcionou o seu foco para aqueles que utilizam tecnologia de ponta, envolvendo roubo de credenciais. A empresa analisou dados em tempo real de registros de contas, logins e pagamentos para entender a mudança pela qual o panorama de fraudes estava passando.
Embora, com a pandemia, alguns setores econômicos estejam se beneficiando ou passando por adaptações – games, mídias sociais e o segmento bancário são alguns exemplos – eles ficam ainda mais visados por fraudadores. Somente a indústria de jogos registrou um aumento de 23% nos índices de ataque.
Já alguns setores que foram duramente baqueados pela crise econômica, como o varejo e viagens, continuam na mira dos cibercriminosos. Nesse segmento, a taxa de ataques dobrou de 13% a 26%.
Plataformas de tecnologia também não ficaram de fora e registraram um aumento de 16% em ataques criminosos, devido à mudança de rotina dos colaboradores das empresas, que agora passa a ser quase inteiramente online. Desses ataques, 24.8% são direcionados ao cadastro de usuários e 17% ao login.
Brasil está entre os cinco países com maior número de ataques virtuais
Rússia, Indonésia, Estados Unidos e Brasil são alguns dos principais nomes que encabeçam a lista de países de onde partiram os maiores números de ataques virtuais. No Brasil, 89% dos ataques foram automatizados, e apenas 11% representaram ações executados por humanos.
O relatório prevê que o alcance de cibercriminosos oportunistas deve aumentar ainda mais nos próximos meses, e que plataformas de comunicação e de vídeo serão mais visadas nesse período. Além disso, golpes envolvendo engenharia social e crimes como o phishing devem atingir mais pessoas que estão adentrando o universo das transações online e da economia digital.
Por esse motivo, as fintechs e demais serviços financeiros devem estar atentos aos seus mecanismos de segurança – especialmente no ambiente mobile – já que 47% de todas as transações do setor concentram-se em dispositvos móveis, que experimentam um grande aumento no número de ciberataques.
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