Já não é mais novidade que os clientes de serviços financeiros desejam experiências mais personalizadas e não suportam perder tempo com processos burocráticos. Um pesquisa realizada pela consultoria IDC com usuários de smartphone no Brasil, México e Colômbia mostra ainda que sete em cada dez clientes esperam ter relacionamentos melhores com seus bancos.
Com o surgimento acelerado de novas tecnologias, cabe às instituições financeiras avaliar quais delas são essenciais para que possam oferecer uma experiência de excelência aos seus usuários, ou estarão fadadas ao desaparecimento em alguns anos.
Trouxemos uma lista com 7 tendências de serviços financeiros que devem permanecer em 2020, revolucionando a forma como o mercado se estrutura internamente, possibilitando o desenvolvimento de soluções inovadoras e uma maior inclusão financeira da população brasileira. Veja abaixo quais são elas:
O que você vai conferir:
Inteligência artificial não deve sair do pódio pela próxima década
A Inteligência Artificial (IA) promete uma economia de $447 bilhões para o mercado financeiro até o ano de 2023, sendo uma das grandes apostas entre as novas tecnologias adotadas recentemente pelo mercado – segundo um estudo realizado pela Pricewaterhouse Cooper, grande parte dos decisores reconhecem a sua importância e 52% deles já estão realizando investimentos em IA. Além disso, 72% dos respondentes da pesquisa enxergam a Inteligência Artificial como uma vantagem competitiva.
Aplicada em diversos setores das instituições financeiras, como o front e back-office, a IA pode ser facilmente encontrada na automatização de ferramentas como chatbots e robôs, pensadas especialmente para estratégias de aquisição e retenção de clientes e facilitando que os usuários tenham acesso aos serviços financeiros em qualquer momento do dia.
No front-office, a Inteligência Artificial também vem sendo aplicada em soluções biométricas que desburocratizam o processo de onboarding digital, enquanto no middle-office a tecnologia auxilia na prevenção de fraudes durante as etapas de checagem de Know Your Customer e Prevenção à Lavagem de Dinheiro.
Ainda segundo a PwC, a IA deve assumir um papel crucial no engajamento de clientes durante a próxima década, junto ao machine learning e análise de dados. A consultoria aponta que oferecer velocidade nas transações é apenas a parte básica desse processo, e que os negócios devem utilizar toda a inteligência aplicada de forma estratégica para integrar-se às vidas de seus usuários com soluções personalizadas.
Blockchain: a promessa de operações mais baratas e aplicabilidades infinitas
Já escrevemos um texto explicando o que é o blockchain e exemplificando suas inúmeras aplicabilidades, para além do bitcoin. Esse sistema é uma das grandes promessas não apenas para baratear operações no mercado financeiro, que hoje passam por incontáveis intermediários, como para automatizar e garantir mais segurança a esses processos.
Pagamentos e transferências internacionais, assinatura de contratos, empréstimos, concessão de crédito e verificação de identidade são apenas alguns dos procedimentos que podem se beneficiar com o blockchain.
Apesar de promissora, a tecnologia ainda enfrenta algumas barreiras entre as instituições financeiras – a PwC aponta que 57% das empresas ainda não têm certeza se vão aderir a essa tendência, o que é justificado pela dificuldade em migrar a confiança de um sistema centralizado para um modelo onde a validação das operações é feita de forma descentralizada.
Mais parcerias estratégicas entre instituições financeiras tradicionais e fornecedores digitais
Enquanto os bancos correm contra o tempo para atualizar as suas tecnologias e não perder ainda mais clientes para as suas versões 100% digitais, também reconhecem que parcerias estratégicas serão fundamentais para a sua sobrevivência nos próximos anos. Seja para fortalecer a retenção de clientes, explorar novos mercados ou para escalar soluções, aliar-se às fintechs, regtechs e outros fornecedores nativamente digitais será um cenário cada vez mais comum e necessário.
O que importa agora é oferecer inovação, segurança e agilidade, entregando valor verdadeiro para o usuário. Para isso, os bancos tradicionais buscarão parceiros flexíveis e que possibilitem processos de integração com a menor fricção possível, sempre visando a oferta de soluções personalizadas para os seus clientes. O princípio da interoperabilidade estará mais presente do que nunca na rotina dos bancos – video o próprio Open Banking – e também não serão descartadas parcerias com órgãos governamentais e outras instituições menos convencionais.
Em 2020, a batalha travada entre os bancos tradicionais e os neobanks ficará mais acirrada, e não somente a atualização tecnológica se mostrará urgente para as grandes instituições financeiras, como será preciso passar por uma completa revolução cultural para atingir a maturidade necessária para a transformação digital.
Buscas por voz devem atingir um novo patamar em 2020
Com a crescente utilização da pesquisa por voz e as mudanças frequentes na forma como interagimos com nossos devices, é preciso trazer uma nova perspectiva aos produtos e soluções digitais,
Ajustar-se a essa nova realidade mantém a competitividade das empresas mais tradicionais no mercado, inserindo-as em um ecossistema onde diferentes marcas estão integrando a voz ao dia a dia do usuário, buscando ganhar a sua fidelidade. Por isso, é importante que os bancos pensem em como oferecer opções de transação por voz para seus clientes, por exemplo.
As interfaces por voz também se estendem aos chatbots, alimentados pela Inteligência Artificial e desenvolvidos para atender às expectativas dos usuários que buscam respostas imediatas e efetivas para seus problemas. Segundo a consultoria Gartner, até 2020 os chatbots devem conduzir 85% das interações com clientes.
Além de oferecer atendimento personalizado ao usuário, os chatbots entregarão mais autonomia para que os clientes solucionem os problemas da sua forma. Aos poucos, essa nova forma de interação deve substituir os meios mais convencionais de comunicação, como e-mail e telefone.
Entrada do 5G no Brasil
Ainda que a entrada do 5G no Brasil possa sofrer atrasos e talvez aconteça mesmo só em 2021, as instituições financeiras não podem ignorar as mudanças que esse lançamento trará para o mercado. A começar por um dos fatos mais conhecidos, que é o aumento da capacidade do número de aparelhos conectados na rede.
O 5G também vem para trazer uma conexão mais estável para os devices, permitindo transferência e análise de grandes volumes de dados com uma velocidade ainda maior – ponto positivo para a experiência do usuário e para a própria infraestrutura bancária.
Além disso, o 5G possibilitará a continuidade da expansão da Internet das Coisas (IoT), fazendo com que uma infinidade de aparelhos diferentes possam oferecer serviços financeiros e atendendo às expectativas dos usuários em realizar suas transações a partir de qualquer lugar. Isso significa também a possibilidade de trazer mais segurança e fluidez para essas transações, a partir da utilização de soluções como a biometria.
Computação em nuvem facilita análise estratégica de grande volume de dados
Utilizada primordialmente para o armazenamento de dados que não estivessem relacionados ao core do negócio, a nuvem vem ganhando confiança entre os serviços financeiros também para o processamento de operações específicas e estratégicas.
Um dos benefícios do armazenamento em nuvem é a oferta variada de serviços que não sobrecarregam as máquinas da organização, como servidores, CRMs, softwares e bancos de dados.
Essa diversidade, bem como os custos decrescentes dessas soluções, tem permitido que as empresas escalem com mais facilidade e cortem gastos com a contratação de fornecedores em cloud. Com a possibilidade de armazenamento de um grande volume de dados, a nuvem também facilita o gerenciamento mais assertivo do big data, assim como a sua análise minuciosa para aplicações mais estratégicas.
Open Banking e um leque de novas possibilidades
No Brasil, não se fala em outra coisa – o Open Banking abre um mundo de novas possibilidades para as instituições financeiras, permitindo que estas disponibilizem suas APIs para que terceiros desenvolvam soluções inovadoras.
Se antes predominava um modelo de monopólio de dados, o Open Banking abre portas para o amplo compartilhamento de informações e uma concorrência mais democrática, tudo para colocar a experiência do usuário em primeiro lugar e garantir maiores vantagens competitivas para as empresas.
Em abril de 2019, o BACEN divulgou regras básicas para a sua implementação, e recentemente informou que a regulamentação deve sair em breve. Até dia 31 de janeiro, o órgão mantém aberta consulta pública sobre esse novo sistema, com objetivo de definir pontos como diretrizes para o compartilhamento de dados de clientes e o cronograma de implementação.
Agora que você já sabe 7 tendências de serviços financeiros para 2020, que tal descobrir como a idwall pode ajudar a sua empresa a ser ainda mais inovadora neste ano, oferecendo o melhor onboarding digital para os seus clientes? Entre em contato com os nossos especialistas e saiba mais: