A ausência de unidade entre os tipos de identidades emitidas no Brasil, leva a grandes desafios – como validar RG, por exemplo. Essa brecha na segurança faz com que o Brasil seja um dos países que mais sofrem com a fraude de identidade no mundo. Um estudo realizado sobre fraude de identidade no Brasil, mostra que há cerca de 16 milhões de RGs falsificados em circulação no País.
Outro facilitador para a ocorrência de tantas fraudes é que as empresas utilizam processos demorados e custosos como validador de RG, como conferências manuais das informações contidas no documento e apresentadas pelo usuário.
Veja como é possível identificar uma falsificação, quais tipos de crime podem ser cometidos com o registro roubado, como validar RG e qual é o futuro da identidade no país.
O que você vai conferir:
O que pode ser feito com uma identidade roubada no Brasil?
A partir do roubo de identidade, um fraudador pode obter inúmeros benefícios em nome de outra pessoa, desde a abertura de contas bancárias, até obtenção de crédito e renda por aposentadoria. De 2013 até 2019, a Força-Tarefa Previdenciária (grupo formado pela Secretaria de Previdência, Polícia Federal e Ministério Público) realizou 429 operações. O resultado foi a investigação de 215 quadrilhas responsáveis por fraudar documentos de identificação.
Além de utilizar contas bancárias abertas para a movimentação de dinheiro ilícito, é possível também criar contas e perfis falsos em redes sociais. Tudo isso a partir das informações pessoais contidas no documento, que podem ser utilizadas para cometer outros crimes como o phishing, por exemplo.
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Validar RG: como o validador de RG identifica uma falsificação?
Um documento de identificação pode ser fraudado de diversas formas. As principais envolvem a montagem do documento a partir de espelhos autênticos, preenchidos com informações falsas ou verdadeiras ou documentos que são roubados e adulterados com a foto de outra pessoa.
Por isso, ao verificar a veracidade de um RG, alguns itens essenciais podem ser checados:
- Nome e assinatura do diretor, que são informações padrões contidas no documento em qualquer estado brasileiro;
- Numeração do documento e dígito verificador, de acordo com a localização da emissão do RG;
- Semelhança facial da foto do documento enviado pelo portador com uma foto atual do próprio portador;
- Tinta e fonte do RG, para identificar se são as mesmas daquelas utilizadas em todo o país – busque por falhas nos caracteres e formatação do texto, por exemplo;
- Compare o documento suspeito com outro documento do mesmo estado de origem, para averiguar semelhanças e diferenças.
O validador de RG faz toda essa checagem de forma automática, garantindo que nenhuma informação foi deixada de lado.
Outras formas de validar RG
Devido a todos os pontos que devem ser analisados, validar RG de forma manual acaba não sendo uma tarefa fácil. Por isso, muitas empresas optam por contratar soluções automatizadas de validação de identidade. Assim, podem reforçar sua segurança e deixar as verificações manuais apenas para casos específicos.
Uma das formas de validação possíveis é a utilização de reconhecimento facial. Por meio dela, é possível comparar uma selfie do usuário com a foto do RG enviada no momento do processo de cadastro, comprovando que a pessoa é realmente a portadora do documento.
Existem ainda checagens adicionais que podem ser feitas em fontes de informações públicas para confirmar dados como nome completo ou o nome da mãe. E até mesmo a verificação da situação cadastral e data de nascimento por meio de consulta feita em órgãos como a Receita Federal.
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O futuro da identidade no Brasil
Algumas iniciativas têm sido desenvolvidas com o objetivo de reduzir a burocracia e a fraude relacionadas ao processo de identificação no Brasil.
Um deles é o DNI – Documento Nacional de Identificação, documento digitalizado que deve reunir uma série de dados referentes aos cidadãos brasileiros, como CPF, NIS, PIS/PASEP e até dados da carteira de motorista.
Além de centralizar todas essas informações, o DNI ainda terá mecanismos de segurança como o QR Code, que já é inserido nos documentos de identidade de alguns estados brasileiros, como São Paulo. Porém, vale ressaltar que ele não será um substituto ao já tradicional Registro Geral.
Para saber mais informações sobre o que é e quando deve ser implementado o Documento Nacional de Identificação, você pode ler este outro post.
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