Para falar sobre as maiores tendências de tecnologia no mercado financeiro, o Febraban Tech 2022, realizado dos dias 9 a 11 de agosto, reuniu grandes empresas e os maiores nomes do mercado.
Frente às inúmeras transformações tecnológicas no setor, os bancos e instituições financeiras precisaram se modernizar e adaptar ao comportamento do consumidor, cada vez mais digital, e a tecnologia foi uma grande aliada nesse processo.
Confira as principais falas dos painelistas na Febraban Tech!
“O PIX é super reconhecido em fóruns internacionais. Estamos internacionalizando o PIX. O sistema pode ser adotado na América Latina e rapidamente.”
– Roberto Campos Neto, Presidente do Banco Central.
“O objetivo do Open Finance é promover competição, eficiência e segurança da informação, garantindo condições de equilíbrio adequado entre instituições financeiras já existentes e novos participantes.”
– Roberto Campos Neto, Presidente do Banco Central.
“Quero mostrar hoje aqui que é tudo a mesma coisa. Tudo está integrado no mesmo projeto. São coisas que nasceram muito separadas, mas que vão terminar juntas. Tudo vai convergir. O Brasil vai ter o maior e mais conectado Open Finance do mundo”.
– Roberto Campos Neto, Presidente do Banco Central.
“O mundo cripto está se desenvolvendo em paralelo e a forma de conectar é através do Open Finance.”
– Denis Nakazawa, Diretor Executivo da Accenture.
“Para o Facebook a missão é empoderar as pessoas para criar comunidades e empoderar o mundo. Não é apenas uma empresa que vai construir o metaverso e sim uma comunidade. Em uma década estaremos experimentando esse universo.”
– Duda Bastos, Diretora de Negócios para as indústrias de serviços financeiros, tecnologia e telecomunicações e Apps da Meta no Brasil.
“Quando falamos em desafios do metaverso além das questões de tecnologia, falamos de segurança, privacidade e inclusão.”
– Duda Bastos, Diretora de Negócios para as indústrias de serviços financeiros, tecnologia e telecomunicações e Apps da Meta no Brasil.
“A segurança cibernética já existe e nesses novos canais vai continuar existindo. Exemplo: um assédio que acontece dentro do metaverso precisa ser combatido com a lei do mundo físico.”
– George Garrido, IT Head da F1RST Tecnologia do Santander.
“Nossa visão para identidade é criar senso de segurança e confiança no mercado. Queremos agregar confiança em todas as interações que você tem.”
– Chris Reid, Vice-presidente executivo de soluções de identidade da Mastercard.
“A inovação e a tecnologia digital analítica e preditiva estão apoiando a segurança digital. Sem IA, não conseguimos proteger na escala necessária e é preciso escalar nossa defesa e ficar à frente desses ataques. Inteligência artificial faz muito bem a detecção, analisando grandes quantidades de dados e predizendo o que é bom ou não”.
– Vasu Jakkal, Corporate Vice President Security, Compliance, Identity, Management & Privacy da Microsoft.
“Open Finance abre uma nova fronteira, passa a trazer mais informações. A partir desse contexto, o algoritmo consegue dizer qual o next best action ou next best option para servir com altíssima customização a expectativa dos clientes.”
– Estevão Lazanha, Diretor de Tecnologia do Itaú Unibanco.
“A adesão muito grande dos canais digitais, trouxe muita gente que teve seu primeiro contato com canais digitais no último ano, portanto é necessário ensinar essas pessoas e transmitir conhecimento.”
– Rodrigo Mulinari, Diretor de Tecnologia do Banco do Brasil e Diretor do Comitê de Inovação e Tecnologia da Febraban.
“Falando de produto, como regulador, a expectativa é super alta. Estamos mudando o status quo, mudando a forma de relacionamento do sistema financeiro com seu cliente.”
– João André Pereira, chefe do departamento de regulação do sistema financeiro do Banco Central.
“Podemos compreender o comportamento de pagamento de forma mais apurada e ajudar o cliente a comprar melhor e trabalhar melhor o seu investimento. O Open Finance não é só para cumprir uma regulação, mas ir além e ajudar as pessoas a cuidar do seu dinheiro.”
– Karen Machado, executiva líder do open finance do Banco do Brasil.
“O dado é perecível. O consumidor passa a determinar qual dado e por quanto tempo pode ser usado e armazenado. É uma quebra de paradigmas. Antes, o banco era dono da base de dados, mas agora é temporário. Soma-se a esse cenário a LGPD, gerando dilemas para as bases de dados: como trabalhar o dado, como ficar em compliance com toda a regulação, o risco dos sistemas legados ficarem expostos”,
– Marcelo Braga, presidente da IBM no Brasil.
“Anteriormente tínhamos uma visão que os clientes de bancos digitais eram muito jovens, porém essa realidade mudou e não existe apenas um tipo de cliente que utiliza esses serviços online”,
– Jolivan Galvão, CTO do Next.
“A nossa preocupação e desafio é fazer com que esse cliente perceba a importância de ter um bom relacionamento bancário e entender como é favorável ter acesso a esses serviços financeiros.”
– Júlio César, Vice-Presidente de Rede de Varejo da Caixa.
“Quando falamos em criptomoedas falamos em instabilidade e com o CBDC é a possibilidade de trazer uma estabilidade para a moeda já existente, porém com a expressão digital. É possível saber quem controla e nesse caso é o Banco Central e tem redução de riscos, pois não é uma criptomoeda e sim uma moeda fiduciária”
– Thamila Talarico, Sócia Líder de Blockchain e Cripto do Key Brasil.
“O uso de ferramentas tecnológicas potencializa a velocidade na identificação de falsos positivos.”
– Lygia Barbosa, Gerente de Prevenção a Fraudes no Itaú Unibanco.
“Olhando para o pilar de inovação, precisamos utilizar IA para conhecer cada vez mais e entender de forma disruptiva o fluxo e trazer ferramentas para pensar mais como o lavador, e enfim, criar através do machine learning. Entender essa criação como uma rede de relacionamento, criar esses padrões, clusterizar esses padrões.”
– Cristiane Soares, Gerente de Prevenção à Lavagem de Dinheiro no Itaú Unibanco.
“Um ecossistema que vai além de ofertar crédito, é uma oferta de valor agregado que vai de encontro com o que o cliente quer”. Complementa ainda que “é importante estar aberto, olhando para o ecossistema e enxergar oportunidades, seja como parceiro, seja como aquisição, nem tudo precisa ser feito dentro de casa.”
– Nathalia Britto, Open Innovation Manager na Santander Brasil.
“BNPL é um fenômeno global relativamente novo. Assim como o parcelamento tradicional, o BNPL permite que o cliente adie o pagamento da conta. A principal diferença, é que o ciclo de pagamento é mais baixo.”
– Victor Pego, Business Consultant da Temeno.
“Quando se fala em segurança, tem vários recursos envolvidos, das nossas empresas, clientes e todos os provedores tem uma série de soluções para endereçar essas questões de segurança como criptografias, rede com cabos subaquáticos e entre outros.”
– Vilela Fabri, Head of Financial Services no Google Cloud.
“Tem uma similaridade entre o uso pessoal e o corporativo da nuvem. No corporativo, se você for comprar uma solução de cloud, como e-mail, por exemplo, tem características específicas como o acesso restrito. Quem define a política de senhas, de qual origem de rede o e-mail vai ser acessado e entre outros é a corporação que contratou o sistema.”
– Eduardo, Diretor Executivo de Serviços de TI da Caixa.
“Para construir esses serviços de dados, é necessária uma rede segura e virtualizada. Grandes provedores conseguem escalar e colocar todo um layer de segurança nesses dados.”
– Moises Nascimento, CDO do Itaú
“Open Finance traz a oportunidade de adaptar e melhorar o que já existe, usando os dados para melhorar os produtos, entender melhor o cliente e facilitar a tomada de decisão. As empresas que entenderem melhor essa dinâmica vão tirar proveito do ambiente e, para os clientes, haverá maior competitividade.”
– Cristiano Gomes, superintendente executivo do Bradesco.
“Quem deu o consentimento já tem disponíveis decisões mais precisas a partir de novas funcionalidades. A análise de risco para o crédito também ganha novas variáveis. Com o Open Finance, o relacionamento é mais amplo e mais próximo entre o cliente que compartilhar o seu dado e a instituição que quer conquistar a confiança do cliente para obter o compartilhamento do dado.”
– Jayme Chataque de Moraes, líder de Open Finance e CBDC do Santander Brasil
“A maior dificuldade de um dado que chega em tempo real para o banco é conseguir usá-lo de forma mais efetiva para levar customização ao usuário. Assim, é possível oferecer uma jornada customizada para o usuário e não necessariamente fornecer serviços que já podiam ser feitos antes do Open Finance.”
– Lincoln Ando, CEO da idwall.
“Parte da nossa base de clientes também consome serviços de outras instituições. A partir dos dados, sabemos os serviços usados e podemos montar uma oferta melhor para centralizar os serviços do cliente em um único banco. Em poucos dias, conseguimos analisar o perfil transacional e fazer ofertas relacionadas ao perfil dele.”
– Jayme Chataque de Moraes, líder de Open Finance e CBDC do Santander Brasil.
“No total, 4 milhões de pessoas podem ser incluídas no mercado de crédito olhando na perspectiva de adoção do Open Finance e 20 milhões de pessoas, em 5 anos.”
– Leonardo Enrique, Head of Open Finance at Serasa Experian.
“O Brasil tem papel para ser amigo de qualquer país e pode comprar de países perto de si. Então, existe uma oportunidade de ouro de aproveitar isso.”
– Octavio de Lazari, diretor presidente do Bradesco.
“Vivemos uma pandemia de ataques cibernéticos e os bancos estão cada vez mais aptos e preparados para combater isso. Existe uma grande oportunidade na proteção dos principais ativos que são os dados dos clientes e do próprio negócio.”
– Fausto de Andrade Ribeiro, CEO do Banco do Brasil.
“O processo de transformação digital deve continuar acelerado, formando um banco digital, na prática, quando o processo se inicia no digital e termina no digital, eliminando etapas que levam o cliente a uma agência ou terminal.”
– Fausto OLiveira, CEO do Banco do Brasil.
“Acredito também em uma maior especialização da rede de atendimento para cuidar dos diferentes perfis de clientes, como prime e microempresas. Na prática, é um banco digital com conveniência física, com atendimento especializado, o que vai persistir por muito tempo ainda”.
– Fausto OLiveira, CEO do Banco do Brasil.
“É preciso ter um bom atendimento online, através de um site intuitivo, usual e com uma ótima jornada do cliente, mas o atendimento na loja física também precisa seguir um padrão. Por isso, não é preciso tratar as duas frentes com competitividade”.
– Juliana Somenzari, Head de TI para canais externos e cognitividade do Santander Brasil.
“A qualidade da experiência entregue para as pessoas hoje é baseada no que interessa para ele no momento, e isso é limitado em dois sentidos: empobrecimento das lógicas e a taxa de acerto é muito mais baixa.”
– Alvaro Machado Dias, Neurocientista, futurista, professor livre-docente da UNIFESP e sócio do Instituto Locomotiva.
“O usuário tem um papel muito importante em ajudar a segurança a se materializar, ou seja, os clientes precisam ter a consciência de como usar os canais e saber quais são os riscos que correm quando falamos em fraude.”
– Adriano Volpini, Partner & Head of Corporate Security do Itaú.
“É preciso estudar quais são as fraudes que estão sendo usadas no país, pois elas são atualizadas constantemente e melhoradas, e esse ponto só pode ser encontrado se a empresa souber quais os pontos que devem ser ajustados. Além disso, acompanhar o histórico dos clientes pode facilitar a identificação de vários tipos de fraudes.”
– Felipe Penido, sócio e Head de Services & Market Insights da idwall.
EM BREVE! Fique de olho que, nos próximos dias, vamos divulgar um playbook com todos os conteúdos da Febraban Tech. Para receber a cobertura completa com o material 100% gratuito, assine a nossa newsletter!