Desde a crise global de 2008, o mercado financeiro viu crescerem as exigências regulatórias e, consequentemente, os gastos associados ao número cada vez maior de leis a serem cumpridas.
Só os bancos, por exemplo, perderam aproximadamente $321 bilhões com o cumprimento de multas e ações de execução – até 2022, espera-se que o investimento em compliance ocupe até 10% de suas receitas. Hoje, os gastos globais com regulamentações e compliance chegam a $270 bilhões.
Também contribuem para o aumento dos riscos globais a expansão da economia e das transações cross-border, expondo as empresas a outros tipos de regulamentações e perigos.
Nesse novo cenário, onde a prevenção ao risco e à fraude passaram a ocupar o primeiro plano, o Risk as a Service ou RaaS veio para oferecer serviços de gerenciamento de risco hospedados na nuvem, especialmente para organizações que não têm a expertise ou a tecnologia necessária para desenvolver as próprias soluções in-house.
O RaaS surge em uma época onde o mercado adota com mais frequência modelos como o outsourcing – que nada mais é do que a terceirização de atividades que não são o core do negócio da contratante – e os serviços gerenciados, onde há divisão de gerenciamento de infraestrutura e sistemas com o fornecedor escolhido.
O que você vai conferir:
Benefícios do Risk as a Service (RaaS)
Atualmente, muitas empresas abraçam o Risk as a Service, espécie de terceirização onde um fornecedor é responsável por todo o suporte operacional do software, além de se responsabilizar por alguns dos fluxos e operações do contratante – nesse modelo, sistemas inteiros costumam ser hospedados na nuvem, facilitando a atualização regulatória e de infraestrutura sem passar pela mesma burocracia de um departamento interno de TI.
Dessa forma, as contratantes podem direcionar o seu foco para a implementação de soluções eficientes e com o menor custo possível, o que as permite aplicar a receita também na contratação de profissionais mais estratégicos, como o Chief Compliance Officer.
Isso tudo é resultado de uma mudança de mentalidade que passa a enxergar o risco como área crucial para gerar lucros a uma organização, assumindo o front da empresa e participando de operações cada vez mais estratégicas. Listamos abaixo alguns dos benefícios do modelo RaaS:
- Por dominarem a tecnologia e expertise, empresas que estão dentro do ecossistema do RaaS conseguem oferecer dados, dashboards e relatórios avançados para análise, ajudando os seus clientes a identificarem falhas e tomarem decisões de forma mais rápida;
- Isso também facilita para que as empresas RaaS ofereçam dados mais objetivos, além de reunirem estatísticas consolidadas a partir de sua experiência com uma variedade de players do mercado financeiro;
- Elas também assumem a parte mais operacional do gerenciamento de risco, permitindo que os colaboradores de seus clientes dediquem-se a atividades mais estratégicas dentro do negócio;
- As soluções especializadas das empresas RaaS também podem validar, entender e suportar modelos de risco complexos, dispensando a necessidade de especialistas que custariam uma fortuna – especialmente, para pequenas e médias empresas do segmento financeiro.
Além dos benefícios mencionados acima, uma característica muito importante das empresas RaaS é a inovação constante, permitida por meio de APIs que facilitam testes e lançamentos rápidos de microsserviços. Dessa forma, as contratantes podem agregá-los em soluções já existentes ou utilizá-los de forma independente, de acordo com a sua demanda e integrando-os às suas próprias operações.
Dentro desse modelo, as regtechs têm ajudado as empresas a resolverem seus desafios regulatório e de compliance de forma mais estratégica. Se você quiser saber como a idwall pode otimizar o seu gerenciamento de risco com soluções inteligentes de onboarding digital, entre em contato com os nossos especialistas por meio do formulário abaixo: