Os avanços da tecnologia ampliam cada vez mais as possibilidades de desenvolvimento de serviços, estratégias de gestão de risco, interações com o cliente etc. Por outro lado, essas mesmas evoluções também fortalecem os meios utilizados por fraudadores para cometer crimes como a fraude de identidade.
Então, é fundamental acompanhar as mudanças no cenário de fraude de identidade e preparar sua empresa para enfrentar essas ameaças da maneira mais assertiva e eficaz quanto possível.
Continue a leitura a seguir e conheça os 5 pontos centrais da fraude de identidade e como sua organização pode atuar de forma estratégica para evitar tais riscos.
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O que você vai conferir:
Cenário e crescimento da fraude de identidade
Como mencionamos, com a digitalização acelerada do mercado com compras online, cadastros digitais, serviços bancários e financeiros de modo virtual, o ritmo das fraudes nos mais diversos segmentos, principalmente no financeiro, aumentou substancialmente.
Inclusive, de acordo com o Indicador de Tentativas de Fraude da Serasa Experian, 2021 teve 4,1 milhões de tentativas de fraude e movimentações suspeitas no Brasil, um aumento de 16,8% em relação ao ano anterior, que acumulou 3,5 milhões de ataques. Além disso, o setor de bancos e cartões foi o principal foco, com 2,3 milhões de tentativas de golpe.
Aqui podemos contar fraudes de identidade, roubos de documentos e de dados, golpes em cartões de crédito, cobrança fraudulenta, phishing, golpe do motoboy, acesso indevido a contas, entre outros. O que impacta diretamente a segurança e a proteção dos consumidores.
Afinal, cada fraude gera um super problema para o cliente e uma dor de cabeça para conseguir resolver a questão, tendo seus valores ressarcidos. Neste contexto, vale destacar que, segundo a pesquisa Global Identity and Fraud Report de 2021, da Experian, 55% das pessoas disseram que a segurança é o aspecto mais importante de sua experiência on-line. Desse total, 33% se mostraram preocupados com o roubo de identidade.
Para completar essa situação complexa, o custo final da fraude de identidade recai sobre as empresas, que precisam reembolsar consumidores lesados, enfrentam multas dos órgãos reguladores e ainda sofrem com danos à imagem da marca.
Para se ter uma ideia, o levantamento Real Custo das Fraudes, de 2021, da LexisNexis Risk Solutions, revela que, na América Latina, uma fraude acaba custando em média 3,68 vezes o valor nominal do incidente registrado.
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Por que a fraude de identidade está aumentando?
Além do contexto da transformação digital, outras condições presentes no ecossistema brasileiro das empresas, consumidores e regulamentações proporciona essa elevação, como por exemplo:
- Empresas com vulnerabilidades digitais e de processos operacionais;
- Pessoas mais vulneráveis aos golpes cada vez mais engenhosos e complexos;
- Falta de maior regulação e leis específicas;
- Fraudadores se adaptaram às novas tecnologias e criam brechas e formas de invadir sistemas e ferramentas.
Outra pesquisa do Center for Victim Research relata, inclusive, que 21% das vítimas de fraudes nos Estados Unidos sofrem vários casos de roubo de identidade por ano e o número total de pessoas afetadas pode chegar a 10% da população.
Todos esses números são de extrema preocupação para as empresas, especialmente dos serviços financeiros, varejo, e-commerce e marketplace, que desejam minimizar tais riscos. Até porque as fraudes em transações online são um grande foco de medo dos negócios que possuem pagamentos em suas plataformas.
Um estudo da Juniper Research identificou que os gastos das organizações com serviços de prevenção e detecção de fraude excederão US$ 11,8 bilhões globalmente em 2025, contra os US$ 9,3 bilhões em 2021.
Aliás, 8 em cada 10 empresas revelaram que agora têm uma estratégia de reconhecimento do cliente, uma alta de 26% desde o início da pandemia, conforme estudo da Serasa.
Descubra os tipos de fraude de identidade em alta, os desafios e oportunidades
Vazamentos de dados serão mais frequentes e sofisticados
Não é novidade que os dados são “moedas” cada vez mais valiosas — como diz o já clássico ditado, dados são o novo petróleo. Uma das formas mais comuns pela qual os fraudadores têm acesso a dados pessoais verídicos são os vazamentos de dados, que devem acontecer em frequência cada vez mais intensa.
A partir dos dados vazados — e esses dados podem ser tanto informações pessoais quanto dados biométricos ou imagens dos documentos de um indivíduo —, uma pessoa consegue se passar por outra por meio de uma fraude de identidade.
Mas os danos de um vazamento de dados não são apenas para a pessoa cujas informações foram disponibilizadas ou para as vítimas de fraudes de identidade. Há impactos negativos graves também para a própria empresa, especialmente em uma era em que diversos países ao redor do mundo já lançaram ou estão se preparando para lançar regulamentações específicas sobre proteção de dados, como a brasileira Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) ou a General Data Protection Regulation (GDPR), da União Europeia.
A importância dessas leis torna-se ainda mais significativa diante do fato de que os vazamentos de dados estão ficando maiores, mais frequentes e mais sofisticadas a cada ano. Segundo a PSafe, 4,6 bilhões de dados foram vazados na internet só no primeiro semestre de 2021 no mundo todo. No total, de 2019 a 2020, aumentou em 726% o número de dados divulgados ilegalmente no planeta.
Sequestros de chips telefônicos se tornarão mais comuns
Um golpe de fraude de identidade aplicado de forma recorrente envolve o uso do chip de celulares roubados para colher dados pessoais da vítima e, assim, ter acesso a seus aplicativos — inclusive os dos bancos. Porém, atualmente, o sequestro de uma linha telefônica não precisa mais incluir o roubo do aparelho, podendo ser feito a distância.
Nesse golpe, os fraudadores reúnem dados pessoais da vítima, entram em contato com a operadora telefônica e, então, solicitam a portabilidade do número para outro chip. A partir daí, eles solicitam o envio de tokens do banco para ter acesso ao mobile banking.
O número de telefone é um primeiro alvo comum para crimes de fraude de identidade. A maioria dos casos são aplicados no setor de telefonia (35,5%), que fica na frente, portanto, dos bancos e outras instituições financeiras (29,3%). Um dos motivos para tal é o fato de que, com o número de telefone e alguns dados pessoais básicos do indivíduo, é possível abrir as portas para fraudes mais complexas e prejudiciais à vítima.
Com o sequestro do número telefônico, o fraudador consegue burlar aplicativos e serviços que utilizem autenticação de dois fatores, já que mensagens de texto, e-mails e ligações são as segundas etapas comuns do processo de verificação.
Vítimas desse tipo de golpe, portanto, podem sofrer invasões em quaisquer contas associadas ao número de telefone sequestrado. Normalmente, esse tipo de fraudador visa pessoas de patrimônio líquido elevado — foi assim que o investidor em blockchain Michael Terpin, dos EUA, perdeu US$ 24 milhões em criptomoedas para um grupo de hackers.
Portanto, é importante que sua empresa fique de olho nesse tipo de fraude e implemente medidas fortes de confirmação de identidade em relação a números de telefone, especialmente se sua base de clientes incluir indivíduos de alto patrimônio líquido.
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A identidade digital vai se fortalecer
Além da necessidade por mais segurança e por estratégias antifraude continuamente mais fortes, as empresas são movidas também pelas exigências do cliente — que hoje, mais do que nunca, buscam praticidade e agilidade. Essas são duas das forças motoras por trás da identidade digital, forma de identificação em crescimento.
A transformação digital que vêm ocorrendo nos mais diversos âmbitos de nossas vidas (tanto privadas quanto corporativas) fazem com que muitos dos processos por trás dos documentos físicos atuais já não funcionem tão bem quanto antigamente. No Brasil, por exemplo, o fato de que é possível emitir um RG diferente em cada estado facilita casos de fraude e dificulta a validação de identidade por parte das empresas.
Enquanto isso, recursos digitais como biometria e QR Codes complementam a segurança em identidades digitais, que também podem centralizar todas as informações dos diferentes documentos de cada cidadão. Ainda é possível garantir mais autonomia e controle para o usuário — por meio de registros das permissões que ele concedeu para que instituições realizem o tratamento de seus dados pessoais, por exemplo.
Desse modo, é possível construir formas de identificação mais alinhadas com as expectativas do usuário atual e com as tecnologias disponíveis hoje, além de fortalecer a segurança dos documentos e as estratégias antifraude de identidade.
Deepfakes podem ser um problema recorrente
Até recentemente, o vídeo era uma maneira bastante robusta de verificar a identidade digitalmente através da biometria. Mas ataques de fraude cada vez mais sofisticados, como deepfakes, estão colocando isso em questão.
Deepfakes retratam pessoas em vídeos em que elas realmente não apareceram. Para fazer uma, o corpo ou os movimentos faciais de uma pessoa são transpostos para uma imagem estática de outra pessoa.
Mas eles não são utilizados apenas para fraude — muitas pessoas os utilizam para formas de entretenimento ou paródia. Porém, deepfakes também apresentam ameaças graves aos métodos de verificação de identidade, pois os fraudadores podem usá-los na tentativa de enganar as soluções de verificação de identidade.
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Como reduzir a fraude de identidade neste cenário
À medida que os tipos de fraude de identidade se tornam mais comuns, é algo que sua empresa deve estar ciente para seguir em frente. É hora de considerar métodos mais sofisticados de verificação de identidade como uma maneira de combater ataques mais sofisticados.
Segundo a Pesquisa Global de Identidade & Fraude 2021 realizada pela Experian, 74% dos consumidores consideraram a biometria física como a principal fonte de segurança contra roubo e fraude de identidade, incluindo reconhecimento facial e impressões digitais.
Portanto, para garantir validações assertivas de biometria facial, é preciso procurar as tecnologias mais avançadas e, também, as mais adequadas ao seu modelo de negócio para possibilitar sua expansão.
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