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Estudo aponta perda de US$ 4 bilhões por fraude e roubo de criptomoedas em 2019

by Gabriel Duque

Para que o sistema financeiro consiga inovar enquanto mantém sua força e protege as instituições bancárias de riscos de fraude, é fundamental que a regulamentação também evolua. A Receita Federal, por exemplo, colocou em prática este ano a primeira regulação sobre criptomoedas, a instrução normativa nº 1.888.

Mas, mesmo considerando o cenário global, as criptomoedas ainda são alvos frequentes de fraudes e outras ocorrências relacionadas a Know Your Customer (KYC) e Prevenção à Lavagem de Dinheiro (PLD). Em 2019, fraudes e roubos relacionados a criptomoedas resultaram em uma perda de US$ 4,4 bilhões, segundo relatório da CipherTrace sobre o cenário de lavagem de dinheiro de criptomoedas no terceiro trimestre deste ano.

Para a pesquisa, a CipherTrace avaliou 120 das principais exchanges de criptomoedas sob as regras de KYC e PLD. Continue a leitura para saber mais sobre o estudo e o atual cenário de prevenção a fraudes relacionadas a criptomoedas.

Ataques mais certeiros: a sofisticação crescente das fraudes

A CipherTrace identificou que, apesar de a quantidade de ataques com foco em criptomoedas ter diminuído nos últimos trimestres, a perda total vêm crescendo: enquanto o prejuízo com roubo de criptoativos este ano foi de US$ 4,4 bilhões, 2018 registrou uma perda de US$ 1,7 bilhão.

Segundo o estudo, isso acontece porque, apesar de a frequência dos ataques estar diminuindo, os ladrões e fraudadores agora buscam valores maiores. Dessa forma, cada ataque que consegue se concretizar gera prejuízos muito altos.

Os avanços da tecnologia e da própria regulamentação fazem com que as tentativas de fraude tenham que ser cada vez mais sofisticadas e elaboradas para que possam ser concluídas. Dessa forma, é imprescindível que o mercado e as empresas mantenham suas estratégias anti-fraude e de KYC sempre atualizadas, fazendo uso das ferramentas mais modernas e eficazes disponíveis.

Padrões de KYC: como as exchanges implementam esses processos

Com base nos dados de sua pesquisa, a CipherTrance apontou que 35% das 120 exchanges avaliadas têm padrões fortes de KYC, enquanto 41% apresentam padrões com fragilidades e 24%, padrões fracos.

A avaliação foi feita pelos próprios pesquisadores da CipherTrace, que realizaram saques de bitcoin e verificaram o nível das verificações de KYC pedidas para tal transação. Os padrões considerados fracos permitiram o saque de pelo menos 0,25 bitcoin diariamente com muito pouco ou nenhum processo de KYC.

Já os padrões com fragilidades exigiram algum tipo de verificação de identidade, enquanto os considerados fortes passaram os pesquisadores por um processo extenso de validação antes de permitir depósitos ou saques, pedindo não apenas verificação de documentos, mas também alguma comprovação de residência ou localização — algumas dessas exchanges solicitaram ainda uma ligação telefônica ou chat por vídeo antes de completar o processo.

Uma das dificuldades de estabelecer padrões fortes de KYC é justamente a pouca regulamentação específica para criptomoedas. Ainda que as exchanges façam parte do sistema financeiro e estejam sujeitas às respectivas regulamentações, as transações com criptomoedas envolvem processos e tecnologias bastante diferentes do que é regular no mercado. Questões como privacidade, por exemplo, exigem grandes cuidados.

Assim, é preciso ter regras desenhadas com as criptomoedas em mente. Isso permite uma implementação mais forte e bem estruturada dos padrões de KYC, resultando em uma diminuição nas perdas devido a fraudes e roubos.

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