O termo cross border apareceu entre as grandes empresas quando estas começaram a expandir e vender produtos fora de seus países de origem. Para elas realizarem esse movimento, até pouco tempo, era necessário abrir uma operação local e ter um CNPJ no país onde tinha intenção de fazer negócio. Essa operação acabava burocratizando o processo, pois exigia alto investimento.
Com o crescimento do e-commerce e, também, das empresas de pagamentos digitais, a prática do cross-border foi adotada por muitas empresas, já que boa parte dos processos tornaram-se mais simples – e isso ajudou muitas lojas online a expandirem seu mercado de atuação.
De acordo com dados da pesquisa Beyond Borders, o mercado cross border na América Latina movimentará cerca de US$ 45 bilhões só em 2022, o que mostra o potencial que esse modelo tem e como muitos players brasileiros podem aproveitar essa prática para expandirem seu mercado de atuação.
Mas o que é, de fato, cross border e como são realizados os pagamentos dentro desse modelo? Continue a leitura e descubra tudo!
O que você vai conferir:
Cross border: o que é e como funciona?
O Cross Border é um modelo de negócio baseado na compra e venda de produtos em diferentes países. Ou seja: o cliente pode comprar um notebook, por exemplo, de um e-commerce de outro país. Essa modalidade ganhou força aqui no Brasil (e no mundo) devido a grande adesão por parte dos consumidores às compras online.
Devido a mudança no comportamento dos consumidores, o Brasil tornou-se um potencial mercado quando o assunto é varejo digital – o que chamou a atenção de grandes empresas internacionais do segmento e, hoje, boa parte delas já estão no dia a dia dos brasileiros.
Para o cross border acontecer, é preciso coordenação e cooperação de várias frentes – no caso, das empresas, transportadoras, sistemas, órgãos governamentais, entre outros setores. Por envolver diferentes partes, o cross border torna-se uma operação complexa, em que é preciso diferentes níveis de compreensão e motivação.
Porém, um caminho para evitar possíveis problemas, é se planejar para minimizar as consequências – caso isso aconteça. Os principais obstáculos podem ser divididos em 4 categorias:
- Questões regulatórias;
- Logística e logística reversa;
- Prontidão organizacional;
- Métodos e processamento de pagamentos.
Este último ponto, iremos ressaltar alguns detalhes para que não tenha problemas dentro da sua operação de cross border.
Saiba mais: Embedded Finance: entenda a tendência que transforma empresas em bancos
Como é o processo de pagamento dentro do cross border?
Dentro do cross border, é preciso ter sistemas de pagamento especializados em operações internacionais e isso também requer atenção, já que os meios de pagamento variam bastante entre um país e outro. Por isso, é preciso pesquisar bastante sobre os hábitos do seu público-alvo para saber qual a opção escolher.
Por exemplo: no Japão, boa parte da população usa o Konbini, um método de pagamento local responsável por um sexto dos pagamentos vindos de comércio eletrônico. Já na Espanha, cerca de 100% dos pagamentos em e-commerces são realizados Visa, MasterCard e American Express – o que mostra como o uso do cartão de crédito é forte lá entre os consumidores, além de ser um meio de pagamento global.
Com boa parte dos pagamentos realizados via cartão de crédito, é preciso, também, ficar atento com tentativas de fraudes de cartão de crédito.
Como evitar fraude de cartão de crédito em pagamentos de cross border?
Existem alguns procedimentos que as empresas podem adotar para que dentro da operação de cross border – especificamente na parte de pagamentos – para mitigar a tentativa de fraude de cartão de crédito. Veja abaixo:
1. Processos fortes de validação de identidade
Assim que o cliente começa o onboarding, é fundamental entender exatamente quem é o usuário para saber se ele está ou não apto em ser um cliente. Além disso, dentro das empresas há diversas regulamentações e normas a cumprir, tornando-se imprescindível aplicar procedimentos de Know Your Customer (KYC) ao cadastrar e monitorar a base.
2. Inteligência e análise de dados
Investir na inteligência e análise de dados, permite conhecer a fundo o histórico financeiro e os hábitos de compra de cada usuário dentro do seu e-commerce. Com isso, torna-se mais assertivo identificar quais transações podem ser resultado de uma fraude de cartão de crédito e, assim, bloqueá-las para que o usuário não se prejudique.
3. Conhecimento e segurança da informação
Conforme a tecnologia avança, as tentativas de fraude também vão evoluindo, em que cada vez mais os fraudadores surgem com novas técnicas e golpes. Por isso, é essencial que tanto consumidores quanto empresas estejam atentos e preparados – com segurança – para fazer uso desses novos produtos e serviços digitais.
As melhores práticas da segurança da informação precisam ser implementadas nos negócios e, também, informações de fácil acesso para que todos estejam cientes dos processos de segurança. Uma dica é conferir o Checklist de Segurança para saber como se prevenir o quanto a fraudes e roubos de dados na internet.
4. Garantir que a experiência do usuário seja segura e sem fricção
Um dos maiores desafios sobre evitar fraudes e golpes é a necessidade de fazer isso sem criar obstáculos excessivos para as operações reais dos verdadeiros clientes.
Por isso, é fundamental contar com soluções eficazes e ágeis de segurança e validação de identidade, permitindo que sua empresa tanto facilite o cadastro e os processos dos clientes lícitos quanto impeça a ocorrência de fraudes.
O Background Check, biometria facial e leitura de documentos da idwall garantem processos de validação de identidade e onboarding digital até dez vezes mais rápidos. Para saber mais, entre em contato pelo formulário abaixo e converse com um de nossos representantes comerciais: