O Open Insurance ou Sistema de Seguros Abertos, diz respeito ao compartilhamento de dados e informações de seguros e previdências, entre instituições do setor de seguros autorizadas e credenciadas pela Susep (Superintendência de Seguros Privados), reguladora do segmento.
De modo a dar mais autonomia para o consumidor tomar decisões quanto a produtos e serviços financeiros, o Open Banking teve sua implementação iniciada no ano de 2021 e abriu inúmeras possibilidades para o mercado financeiro.
Para que ambos, Open Banking e Open Insurance, tenham seus sistemas funcionando em conformidade, a implementação da primeira fase do Open Insurance teve início no final do ano passado e visa se integrar à proposta de um ecossistema financeiro, o Open Finance. Continue a leitura para saber mais sobre o que é o Open Insurance e como funciona na prática!
O que você vai conferir:
O que é o Open Insurance?
Conforme falado acima, o Open Insurance é um ecossistema que permite aos consumidores o compartilhamento de informações e dados a respeito de produtos e serviços de seguros e previdência, entre diferentes empresas autorizadas e credenciadas pela Susep (Superintendência de Seguros Privados) que, assim como o Banco Central para o Open Banking, irá regular o Open Insurance no setor de seguros.
De acordo com o cronograma de implementação do Susep, o Open Insurance será realizado em três fases. A primeira fase teve início em dezembro de 2021 e se estende até 30 de junho de 2022, com o open data, o compartilhamento de dados públicos das empresas, serviços e produtos disponíveis, marketplaces e canais de atendimento.
A segunda fase tem previsão para se iniciar em setembro de 2022 se estendendo até junho de 2023 e consiste no compartilhamento de dados pessoais por parte dos clientes, com consentimento dos mesmos, como o cadastro de clientes e participantes, a movimentação dos clientes relacionados ao produto e os registros de dispositivos eletrônicos.
Por fim, a terceira fase terá início em dezembro de 2022 e será finalizada também em junho de 2023, previsão para o fim da implementação, onde serão efetivados os serviços do Open Insurance como acesso, as modificações necessárias, resgate ou portabilidade, aviso de sinistro e entre outros, com foco na melhor experiência do consumidor.
Você pode saber mais sobre as fases e o cronograma de implantação do Open Insurance aqui.
Como funciona na prática?
A proposta do Open Insurance é oferecer para os consumidores o consentimento quanto ao compartilhamento de seus dados entre essas empresas, e também, facilitar o processo de tomada de decisão frente a produtos e serviços das seguradoras de forma justa.
Do ponto de vista das empresas, o objetivo é tornar mais competitivo as ofertas de seguros e também incentivar a inovação nas seguradoras com a incorporação de novas tecnologias para facilitar e beneficiar os consumidores.
O ecossistema de informações compartilhadas tem como base dois tipos de dados, pessoais e públicos. Os dados pessoais são compostos pelas informações cadastrais dos consumidores, dados de apólices, contratos, títulos de capitalização, histórico de utilização, as transações dos clientes frente às seguradoras e entre outros.
Já os dados públicos abrangem desde dados dos canais de atendimento, telefone ou canais digitais, corretores e representantes das empresas até informações de produtos disponíveis para comercialização, como seguros, previdência aberta e capitalização.
Além disso, o Open Insurance abre possibilidades para que outras empresas, além das inseridas no setor de seguros, para que atuem no processo. De acordo com o Susep, essas instituições vão poder oferecer suas soluções e até mesmo a execução dos serviços para o consumidor com seu consentimento e seguindo os termos de segurança e privacidade pré-estabelecidos.
A ideia é que essas empresas que queiram explorar as oportunidades de atuar em conjunto com o Open Insurance estejam credenciadas pelo diretório central, composta pelo BACEN, Susep e CVM, com certificados que garantem o melhor funcionamento da operação e a segurança do ecossistema.
A infraestrutura tecnológica por trás do Open Insurance, é um ambiente propício para inovação, que busca colocar o consumidor no centro da experiência com jornadas digitais e produtos customizados.
De acordo com o Head of TI da Susep, Leonardo Brasil, o objetivo do Open Insurance é oferecer um ecossistema de API’s financeiras padronizadas, simples, de fácil interpretação para os desenvolvedores, em um ambiente primordialmente seguro, visto que envolve a compartilhação de dados públicos, e moderno.
Quais os desafios do Open Insurance?
Para garantir um ambiente seguro que compartilha e expõe dados públicos e privados, com consentimento em primeira instância, é preciso assegurar que os usuários e empresas participantes, empresas e usuários, são realmente quem dizem ser e estão em conformidade com as regulamentações.
Uma forma de evitar fraudes por personificação em instituições financeiras e também as consequências dessa ação, é validar a identidade dos participantes e a veracidade dos dados informados por meio de procedimentos como o background check, por exemplo.
Soluções que utilizam esse procedimento de checagem dos dados, realizam buscas automatizadas de forma rápida em fontes públicas ou privadas, verificando se os dados informados realmente estão de acordo.
Existem outros métodos de autenticação de usuários que podem sanar esse desafio de segurança, como a verificação biométrica dos usuários para o acesso às plataformas ou no momento das transações.
Ferramentas de reconhecimento facial, como o Face Match da idwall, utilizam métodos de biometria facial e prova de vida, que comparam uma selfie do usuário e a foto usada no documento de identificação enviado, fornecendo uma camada extra de segurança ao processo.
A idwall conta com soluções que auxiliam no processo de validação de identidade, entendendo as regulamentações de compliance e fornecendo uma melhor experiência para o processo de onboarding ou cadastramento do negócio. Fale com os nossos especialistas e saiba mais: