Home OutrosNotícias Bacen desobriga instituições de serem participantes do Open Finance
participantes do open finance

Bacen desobriga instituições de serem participantes do Open Finance

by Gabriel Duque

Entraram em vigor, no último dia 1º de abril, duas resoluções editadas pelo Banco Central com o objetivo de tornar o sistema de compartilhamento de dados entre bancos mais ágil e eficiente. Uma delas, inclusive, desobriga algumas instituições financeiras de serem participantes do Open Finance

Antes dessa atualização, todas as instituições detentoras de conta (corrente, pré-paga e poupança) tinham que fazer parte do programa, independentemente do modelo de negócio e serviços ofertados aos clientes. O que acabou, obviamente, não ocasionando as vantagens desejadas tanto para os consumidores, como para algumas dessas instituições.

Por isso, a Resolução BCB n°295 de 23/2/2023 foi adotada. Agora, o normativo determina que instituições que disponibilizam conta, mas não liberam a movimentação dos fundos por meios eletrônicos (ou seja, site e aplicativo), podem optar por não serem participantes do Open Finance.

Outro requisito que dá liberdade de escolha é para as instituições que não possuem como clientes: pessoas físicas, microempreendedor individual, microempresa e empresa de pequeno porte. 

Leia também: Open Finance atinge 15 milhões de clientes em dois anos de operação

Qual o impacto da desobrigação de participantes do Open Finance?

Tais alterações visam melhorar a eficiência da participação das instituições principalmente na fase de iniciação de pagamento. Até porque essa iniciação permite que as empresas cobrem por seu serviço ou mercadoria por meio de um link, sem a necessidade do cliente abrir o aplicativo do banco.

Então, o aumento das iniciadoras de pagamento em transações, como transferências ou PIX, depende do compartilhamento de dados entre as instituições fornecido pelo Open Finance. 

Ou seja, a permanência das instituições que não efetuam os pagamentos eletrônicos ou só operam com grandes empresas pode atrasar a evolução do serviço, segundo explicação do próprio Bacen.

De olho na desobrigação da presença dos participantes do Open Finance:

  • 1º caso: as instituições que não usam canais eletrônicos de pagamento impedem a execução de etapas do Open Finance, como consentimento, autenticação e confirmação, que só ocorrem por meio digital.
  • 2º caso: instituições com apenas grandes grupos empresariais como correntistas, normalmente, só atuam com pagamentos em lotes. No momento, o Open Finance não envolve esse tipo de movimentação.

Saiba mais: Open Finance vale a pena? 52% dos brasileiros não confiam no sistema

Maior clareza no Open Finance

A outra resolução editada pelo Banco Central foi a nº294, alterando a Resolução nº32,. O que estabelece os requisitos técnicos e procedimentos operacionais para o Open Finance.

Com isso, o Bacen modificou as definições sobre responsabilidade de gerenciamento de informações e monitoramento de atuação. A partir de agora, a exclusão de instituições participantes do Open Finance ou até mesmo a mudança de modalidade de participação necessitará de uma autorização prévia do Banco Central.

Tendências do Open Finance

A tendência é que o crescimento no mercado brasileiro siga se intensificando com o Open Finance, que já tem mais de 18,7 milhões de consentimentos ativos, em sua maioria para contas e crédito, como mostra o gráfico abaixo. 

Já são mais de 4,5 bilhões de chamadas de APIs realizadas. Vale lembrar que este é o meio pelo qual as instituições financeiras podem consultar os dados dos usuários, que permitem que suas informações sejam abertas no sistema Open Finance.

No entanto, o aumento na troca de dados, em um novo ambiente e com novos players, pode intensificar as fraudes no país e trazer mais riscos sistêmicos ao mercado. Com a economia aberta, esses movimentos serão cada vez mais comuns no mercado, ampliando a necessidade da gestão de identidade dos usuários, a fim de melhorar o gerenciamento de riscos.

Inclusive, segundo levantamento do Ranking de Onboarding Digital 2022, elaborado pela idwall, mais de 30% dos brasileiros entrevistados afirmaram ter sofrido golpes digitais, vazamento de dados, fraude ou clonagem do cartão nos últimos 12 meses.

Leia também: Desafios do Open Finance: como melhorar a segurança e privacidade digital

Como melhorar a gestão de identidade e riscos dos seus usuários

Todo esse contexto apresentado mostra a evolução da regulamentação do Open Finance e o crescimento no número de clientes adeptos a compartilhar dados no sistema. Nesse sentido, como mencionamos, é importante destacar a necessidade de melhorar a segurança, a prevenção de fraudes e a gestão de identidades no ecossistema do Open Finance. 

Isso porque um usuário com documentos fraudados ou identidade falsa, que já fez o cadastro ou abertura de conta em uma instituição e realiza a integração ou compartilhamento de dados, terá a porta aberta para aplicar golpes em outras instituições financeiras.

Para reduzir tais riscos, nada melhor do que contar com a plataforma idwall.

Além de garantir um onboarding de clientes com maior proteção, barrando potenciais fraudadores, a plataforma é capaz de fazer a verificação de identidade dos usuários em diferentes momentos de sua jornada. 

Com isso, é possível centralizar os dados e enriquecer o perfil da pessoa conforme novas informações são adicionadas e novas autenticações são realizadas. Tudo de forma automatizada, com fluxos e gatilhos de verificação e aprovação de usuários específicos para a necessidade do seu negócio.

Escale o número de usuários no seu serviço ou instituição financeira, sem perder de vista a segurança e o compliance.

Quer saber mais detalhes sobre a plataforma idwall? Entre em contato com nossos especialistas agora mesmo!

Related Posts

Loading Facebook Comments ...