O Open Finance ainda enfrenta algumas resistências dentro do Brasil, pois muitas pessoas não entendem o funcionamento e os benefícios de aderir ao sistema, enquanto outras ainda não confiam plenamente na segurança e na proteção de dados presente na operação.
Uma pesquisa da Provu, divulgada em dezembro de 2022, por exemplo, descobriu que 60% não sabiam ou nem ouviram falar do Open Finance. Outro estudo mostra que 52% dos clientes não confiam no sistema.
No entanto, ao mesmo tempo em que tenta ganhar espaço junto à população, o sistema completou dois anos no início de fevereiro de 2023, alcançando números expressivos, segundo dados disponibilizados pelo próprio Banco Central. Veja só:
- 15 milhões de clientes únicos
- 22 milhões de consentimentos ativos no sistema
- mais de 800 instituições participantes
Aos poucos, o Open Finance caminha para que o Brasil se torne o principal mercado do mundo neste sistema. Segundo o relatório “The Global Open Finance Index”, o país deve se transformar no líder global de Open Finance. O levantamento verificou 23 países e constatou que o Brasil vai superar o Reino Unido em número de usuários ainda este ano.
Vale lembrar que o compartilhamento de dados e serviços bancários e financeiros por meio dessa ferramenta permite que os clientes tenham melhores tarifas, melhores produtos e mais eficiência e comodidade nos produtos e serviços recebidos.
Da mesma forma, a abertura e integração de informações impulsiona a concorrência e a inovação do lado das instituições financeiras, de pagamentos, corretoras e afins.
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O que você vai conferir:
Qual a perspectiva do Open Finance para 2023?
Por enquanto, já existem funções operantes no Open Finance, como os agregadores financeiros. Trata-se de ferramentas para acompanhar todos os produtos bancários do mesmo cliente em uma mesma instituição financeira. Com isso, é mais simples e fácil para os consumidores terem acesso e visibilidade a essas informações.
Outros pontos positivos que já foram possíveis de serem vistos com a inovação do Open Finance foram a melhoria na avaliação do crédito, o maior fluxo de portabilidade de crédito e a disponibilização de iniciadores de pagamentos, agilizando a experiência de pagamento em ambientes virtuais.
De acordo com a evolução do projeto do Open Finance, para 2023, existe algumas previsões de novos compartilhamentos de serviços e melhorias no sistema, como por exemplo:
- Compartilhamento de dados sobre novos grupos de produtos e serviços, como investimento, seguros, previdência e câmbio
- Funcionalidades e recursos no sistema destinados à pessoa jurídica
- Mudanças na jornada de compartilhamento de informações e da iniciação de pagamento.
Principais aplicações do Open Finance no mundo
Ainda conforme o relatório citado anteriormente, foram listadas as mais comuns aplicações e usos do Open Finance no mundo. Entre os principais, estão:
- 29% – Gestão de Finanças Pessoais, envolvendo agregação de contas, informações básicas sobre gastos e ferramentas de controle financeiro;
- 17% – Avaliação de Renda e Acessibilidade, incluindo todas as verificações de crédito, exceto casos de modelagem de risco;
- 9% – Pagamentos entre contas, incorporando os usos referentes a pagamentos em que o usuário está movendo dinheiro entre contas que já possui, englobando carteiras digitais, contas de investimentos e outras;
- 8% – Pagamentos de comércio eletrônico, comportando todos os casos de uso em que o usuário está pagando um terceiro;
- 6% – Gestão Financeira Empresarial, o que inclui os usos relacionados a negócios, como agregação de contas e coleta de informações, mas não engloba a parte de contabilidade automatizada;
- 6% – Verificação de conta, contendo todas as análises referentes ao onboarding dos clientes, exceto outras verificações;
- 4% – Contabilidade automatizada, destacando os usos relacionados com serviços de contabilidade.
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Open Finance, regulamentações e próximos passos
A jornada iniciada pelo Open Banking, passando pelo Open Finance e o rumo para uma economia cada vez mais aberta tem a ver diretamente com o acesso aos dados dos usuários e o compartilhamento de novas fontes, abraçando também outras atividades, como os seguros. Inclusive, a OCDE publicou recentemente um relatório indicando esse caminho.
Por fim, outro ponto a destacar diz respeito à regulamentação necessária para consolidar o sistema na América Latina. Conforme uma pesquisa do portal Iupana, 62% dos líderes de pagamentos e banking preveem que as legislações serão um foco determinante em 2023, com perspectivas de vigência de leis, tanto sobre o sistema, como sobre criptomoedas, pagamentos e outros.

Melhorando a gestão de identidade e riscos no Open Finance
Com todos esses números a postos, é importante destacar a necessidade de aumento da segurança e da prevenção a fraudes no ecossistema do Open Finance. Isso porque um usuário com documentos fraudados ou identidade falsa, que já fez o cadastro ou abertura de conta em uma instituição e realiza a integração ou compartilhamento de dados, terá a porta aberta para aplicar golpes em outras instituições financeiras.
Para reduzir tais riscos, garantindo um onboarding de usuários mais aprimorado e que barre potenciais fraudadores, nada melhor do que contar com a plataforma da idwall.
A plataforma reúne em um só lugar todas as tecnologias e soluções necessárias para realizar o onboarding seguro, verificar usuários, combater fraudes, manter o compliance com as regulamentações e fazer o gerenciamento de riscos.
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