Recentemente, o Banco Central comunicou uma série de novidades relacionadas ao sistema de pagamento instantâneo do PIX para 2023. Entre elas, estão o PIX automático, um novo dispositivo de segurança para evitar as contas laranjas e um mecanismo para melhorar a eficiência no processo de devolução de recursos, caso ocorra algum tipo de fraude.
É bom destacar que, no dia 1º de dezembro de 2022, o sistema bateu seu recorde de movimentações em um único dia. No total, aconteceram 99,4 milhões de transferências eletrônicas. Esta marca foi atingida no mesmo dia do pagamento da primeira parcela do 13º salário.
O recorde anterior era de 7 de outubro de 2022, com 93,6 milhões de transações.
Mas a pergunta que fica é: como serão implementadas e como vão funcionar as novidades do PIX? A seguir, vamos ver mais detalhes sobre essas mudanças.
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O que você vai conferir:
O que é e como funciona o PIX automático?
O principal objetivo do PIX automático é facilitar a realização de pagamentos recorrentes por parte dos consumidores. Como parte desse tipo de transação estão os serviços públicos e as contas que necessitam de pagamentos periódicos. Isso engloba as mensalidades de escolas, academias, serviços de assinatura, streamings e outros.
Desse modo, fica claro que esta função do PIX será parecida com o débito em conta que já existe atualmente. Porém, essa modalidade não depende de convênios.
De acordo com o Bacen, a ideia é fornecer uma experiência padronizada e aprimorada para os usuários programarem seus pagamentos.
Contas laranjas
Além do PIX automático, outra mudança importante diz respeito ao novo dispositivo de segurança contra fraudes para combater as chamadas contas laranjas. Esse tipo de desvio de valores para contas fantasmas, ou contas laranjas, nem sempre é rastreável. Por isso, o Bacen espera transformar essa realidade.
Por enquanto, as contas usadas para fraudes ficam marcadas no sistema como suspeitas. Mas, a partir de 2023, os CPFs dos proprietários dessas contas são identificados sob suspeita.
Com essa medida, a segurança dos bancos, usuários e do próprio sistema de pagamento é impulsionada. Isso porque evita-se que os laranjas permaneçam indiscriminadamente criando contas em outras instituições financeiras e utilizando tais contas para cometer fraudes.
É bom ressaltar que essas contas laranjas são muito utilizadas como um mecanismo de lavagem de dinheiro e os criminosos usam o PIX para facilitar esse processo de movimentação de recursos ilícitos.
Para se ter uma ideia do cenário das transferências criminosas, o registro desse tipo de transação saltou cerca de 11 vezes em apenas um ano, segundo informações do próprio Banco Central. De acordo com outro dado da instituição, 1 em cada 10 mil transações bancárias via PIX é considerada crime.
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Mecanismo de devolução
Por fim, outra novidade anunciada pelo Banco Central se refere à criação do MED 2.0, a nova versão do Mecanismo Especial de Devolução.
Na verdade, o MED já existe desde novembro de 2021, por meio da instauração pela Resolução BCB nº 103/21. Seu intuito é reparar as fraudes identificadas no sistema de pagamentos instantâneos e viabilizar a devolução dos valores devidos caso a suspeita de fraude seja realmente concretizada.
Esses golpes podem ser identificados em três situações normalmente:
- Detecção e reconhecimento pela própria instituição
- Comunicação do usuário à instituição ou banco, quando se suspeita de ocorrência de fraude
- Verificação de falha técnica nos sistemas de tecnologia da informação, ou de vazamento de dados, das instituições participantes
Agora, o modelo 2.0 visa aumentar a eficiência da devolução dos recursos que, realmente, foram confirmados como objeto de fraude.
PIX offline
Por fim, além de todos estes pontos de foco para melhorar e avançar o sistema em 2023, como o PIX automático, mais uma novidade em estudo de implementação é o PIX offline.
Com essa função, é possível acelerar a digitalização dos pagamentos e, assim, realizar transações mesmo que não se tenha acesso à internet.
Como os bancos podem evitar fraudes e golpes no PIX
Além das melhorias no sistema de pagamentos e transferências que beneficiam os consumidores, as mudanças na parte de segurança do PIX impactam diretamente as instituições financeiras que precisam se adaptar a elas e aumentar a proteção dos usuários.
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