Anualmente, Amy Webb, futurista norte-americana e professora da NYU Stern School lança durante o South by Southwest (SXSW) o Tech Trends Report – que é uma das atrações mais aguardadas pelos participantes.
Na edição deste ano, o conteúdo foi dividido em 13 grupos principais de tendências que vão afetar a sociedade, os negócios e o consumo neste e nos próximos anos. São eles: Inteligência Artificial, Privacidade, Metaverso, Trabalho e Cultura, News e Informação, Health e Medicina, Home of Things, Governos e Tecnologia, Robotização, Descentralização e Blockchain, Telecomunicações e Computação Quântica, Biologia Sintética e Clima.
Desses assuntos, separamos três previsões que as empresas precisam estar atentas. Continue a leitura e saiba mais!
O que você vai conferir:
Quais tendências apontadas por Amy Webb que as companhias devem ficar de olho?
Inteligência Artificial
A inteligência artificial estará mais poderosa do que nunca. Dentro desse grupo, os tópicos com maior destaque, conforme Amy, são reconhecimento e vigilância. A professora ainda acrescentou que os avanços em IA estão se movendo rapidamente – tanto que o reconhecimento e a geração de imagens são ininterruptos hoje.
Além disso, a Inteligência Artificial está alcançando outros avanços, como a possibilidade de derrotar humanos em jogos online considerados complexos. Webb acrescenta que estamos chegando em um momento em que as redes de IA irão tomar suas próprias decisões – sem qualquer interferência humana.
Esse grupo de pesquisa ainda traz outros insights, como:
- A Inteligência Artificial foi adotada em vários setores da economia. Ela consegue resolver problemas de negócios, detectar fraudes, melhora o rendimento de colheitas, gerencia cadeias de suprimentos, recomenda produtos e, também, auxilia designers e escritores em seus respectivos trabalhos;
- IA representa a terceira era da computação – definida pela capacidade de uma máquina realizar funções cognitivas iguais ou até melhores que os humanos. Dentro dessas atribuições, podemos incluir percepção, aprendizado, raciocínio, resolução de problemas, compreensão contextual, fazer interferências e previsões;
- A IA é um multiplicador de forças, já que impulsiona os avanços tecnológicos e, também, a evolução de muitos negócios do governo e da sociedade. Ela continuará transformando diversos setores da economia, mas os impactos dessa frente serão mais profundos dentro das fintechs, computação em nuvem e na saúde para 2022.
Leia também: Diferenças entre Machine learning, inteligência artificial e deep learning
Metaverso e a Web 3
Durante a palestra, Amy Webb afirmou que o metaverso é real e de extrema importância, pois ele é um braço do que chamamos de Web 3 – a próxima versão da internet que tem como base conceitos descentralizados. Porém, não existem protocolos comuns até o momento para o metaverso.
A futurista disse a seguinte situação: se hoje já temos um desafio em gerenciar senhas, imagina ter que gerenciar suas diferentes versões sintéticas de si mesmo espalhadas por todo o metaverso – o que leva a Webb dizer que, eventualmente, todas as pessoas no metaverso terão uma identificação digital nesse meio.
Outro ponto é a segurança dentro do metaverso. Como estaremos mais vulneráveis a possíveis influências, é de extrema importância a segurança e, também, necessária uma regulamentação. Conforme a pesquisadora, a Web 3 é sobre três pontos: transparência, interoperabilidade e confiança – além de reguladores para que o mundo virtual se desenvolva de maneira saudável.
Outros pontos importantes sobre o tema são:
- No momento, o metaverso não é uma tecnologia única, nem controlado por única empresa ou entidade centralizada;
- À medida que mais usuários vinculam seus perfis do metaverso à informações pessoais – como biometria – as violações de dados podem trazer ainda mais prejuízos;
- As pessoas criarão diferentes versões digitais de si mesmas – cada uma com uma finalidade, o que levará à fragmentação e a uma lacuna cada vez maior entre quem a pessoa é no mundo físico e como ela se projeta no mundo online.

Governos e Tecnologia
Devido ao cenário pandêmico, a transformação digital foi acelerada. Nesse movimento, muitos serviços dentro das cidades foram automatizados para que pudessem ser realizados no ambiente digital, como a telessaúde e iniciativas de modernização em âmbito federal, estadual e municipal.
Todas essas mudanças, segundo Amy Webb, prepara – a longo prazo – a transformação digital dentro das administrações públicas.
Nesse cenário, órgãos públicos já estão se juntando para padronizar dados, um sistema interoperável e reutilizável tanto para departamento do governo quanto para o setor privado. Um exemplo disso que consta no report de 2022 é o Amsterdam Data Exchange, feito em parceria com a cidade de Amsterdã. O órgão atua como intermediário confiável entre agências governamentais, cidadãos, empresas e pesquisadores para compartilhar informações sensíveis com total segurança.
Outros tópicos que o report traz para esse assunto são:
- Identidades digitais começarão a ultrapassar uso de identificação física em 2022;
- A biometria usada em conjunto com sistemas de gerenciamento de identidade baseados em nuvem levará a uma autenticação biométrica sem contato mais onipresente;
- Os governos estaduais não irão esperar o governo federal para planejar normas em relação à proteção de dados, e começarão a desenvolver regras e regulamentos para privacidade de dados protegidos.
Como as empresas podem atuar diante dessas tendências apontadas por Amy Webb?
Conforme pesquisa da International Data Corporation (IDC), o investimento em transformação digital tem previsão de crescimento em 15,5% até 2023 e deve chegar a cerca de US$ 6,8 trilhões. Nesse mesmo levantamento, para 2022, 70% de todas as empresas terão investido no uso de tecnologias digitais para se destacar em um mercado cada vez mais competitivo. Nesse cenário, as tendências citadas acima cada vez mais farão parte das rotinas operacionais da empresa.
É importante que as companhias estejam atentas ao futuro da identidade digital, aos avanços da IA em diferentes soluções e como o metaverso fará parte da rotina da empresa, colaboradores e clientes em geral.
Existem algumas ferramentas da idwall que usam IA para combater fraudes de identidade – que é o caso do Face Match e do Facelink, ambas soluções que trabalham com análise de verificação biométrica.
Outra opção é o MeuID. A primeira identidade digital do Brasil e, a partir do aplicativo, o usuário pode armazenar seus principais documentos, como RG e CNH, em que as informações são validadas através de consultas em fontes públicas e privadas.
O portfólio da idwall ainda conta com outros produtos que ajudarão a sua empresa a digitalizar os processos com agilidade e segurança que seus parceiros e clientes precisam. Para saber mais, preencha o formulário abaixo e converse com um de nossos especialistas!