À medida em que o PIX impulsionou a digitalização da população com serviços bancários digitais e gerou um grande aumento no número de transações e pagamentos instantâneos, também houve um movimento crescente de golpes via PIX.
Vale destacar que o Brasil se tornou um dos maiores mercados de pagamentos em tempo real no mundo em 2022, segundo estudo da ACI Worldwide. Graças ao PIX, o país ocupa a 2ª posição do ranking de transações, com 29,2 bilhões de movimentações em tempo real realizadas no último ano. Este número representa 15% de todas as transações internacionais do tipo.
Em contrapartida, mais de 30% das pessoas dizem ter sofrido golpes digitais, vazamento de dados, fraude ou clonagem do cartão nos últimos 12 meses, de acordo com o Ranking de Onboarding 2022, da idwall.
Mais especificamente envolvendo os golpes via PIX, 22% dos brasileiros já foram vítimas de golpes e 65% possuem algum amigo ou familiar vitimado por uma fraude pelo PIX, conforme a pesquisa “Como os golpes de pagamento em tempo real afetam os consumidores”, da FICO.
Do total de fraudados, somente 27% dos consumidores reportaram suas perdas financeiras aos bancos. Como consequência, os prejuízos com valores com os golpes via PIX variam desde R$ 250 (46% dos entrevistados que sofreram fraudes) até R$ 5 mil (5%).
Então, fica uma série de perguntas importantes a serem respondidas por todo o ecossistema envolvido, sejam eles os usuários dos serviços, as instituições financeiras e os órgãos reguladores do sistema bancário:
- O quão seguro é o PIX?
- Como combater os golpes via PIX?
- O que as pessoas podem fazer para se proteger?
- E como os bancos devem reagir?
Leitura recomendada: Pagamentos com cartão chegam a R$ 3,3 trilhões em 2022; PIX bate R$ 16 trilhões desde seu início
O que você vai conferir:
Percepção de segurança x golpes via PIX
Ainda conforme o levantamento da FICO, 79% dos brasileiros consideram o meio de pagamento como seguro, acreditando que há verificações de segurança suficientes ao se enviar um PIX.
Além disso, para 56% dos entrevistados, o PIX é mais seguro do que o cartão de crédito ou débito. Outros 36%, por sua vez, consideram que o nível de segurança é o mesmo.
Responsabilidade em relação aos golpes
Outro número interessante do estudo indica a responsabilidade sobre os golpes via PIX. Para 46% dos consumidores, quem sofre a fraude ou golpe é o responsável. Já 20% acreditam que a culpa é do banco que recebeu a transação, 18%, do banco que enviou, e 9%, do golpista.
Por fim, 4% informaram que os responsáveis são os sites de busca e redes sociais que permitem os anúncios dos golpistas que acabam enganando as vítimas.
Saiba mais:
Celular do PIX: cresce busca de brasileiros por celular para aplicativos bancários
Como os fraudadores estão usando o Pix?
Papel das instituições financeiras neste cenário
Para enfrentar os fraudadores e evitar os golpes via PIX, os bancos e instituições financeiras precisarão tomar à frente com ações e medidas, a fim de ajudar os clientes. Até porque, como vimos, uma grande parcela de pessoas vê responsabilidade dos serviços bancários pelos incidentes.
No caso de sofrerem com ocorrências e golpes, 46% dos clientes, descontentes com a atuação do banco, reclamam com a instituição. Já 32% reportam sua insatisfação para os órgãos reguladores e 15%, simplesmente, trocam de banco.
Inclusive, 41% dos brasileiros acreditam que os bancos devem ressarcir o consumidor vítima de golpe em todas as ocasiões. Enquanto isso, 38% acreditam que o ressarcimento é necessário em quase todas as situações.
Vale também destacar que 35% acreditam que os bancos não fazem campanhas educacionais o bastante sobre os riscos.
Veja também: Bacen anuncia PIX automático, dispositivo de segurança e devolução
O que fazer para evitar golpes via PIX?
A pesquisa da FICO também questionou os consumidores sobre as medidas que poderiam ser tomadas pelos bancos. Veja só:
- 79% consideram que os sistemas antifraude deveriam ser prioritários
- 62% acham que os bancos deveriam fornecer mais avisos sobre golpes conhecidos ou emergentes ao fazer um pagamento
- Para 53%, os bancos deveriam dar mais avisos ao fazer pagamento
- 45% também consideram que deveria ser implementado um atraso ou ‘período de reflexão’ em pagamentos acima de determinado valor
Sobre o tipo de notificação, 42% das pessoas gostariam de receber um aviso no próprio aplicativo do banco, 17% via ligação, 13% por e-mail, outros 13% por SMS e 12% por outros apps, como o WhatsApp.
Quais métodos aumentam a sensação de segurança?
Também vale a pena ressaltar os dados trazidos pelo Ranking de Onboarding Digital 2022, da idwall, sobre a questão da segurança no ecossistema bancário.
Em geral, todos os métodos de autenticação empregados ajudam a passar uma sensação de segurança para a maioria dos participantes. No entanto, os métodos de autenticação biométrica, como a digital e selfie, são as com melhor percepção pelo usuário, sendo a digital a única opção cuja segurança é percebida como alta ou muito alta por mais de 75% dos participantes da pesquisa.
Outra pergunta questiona qual o grau de segurança julgado necessário para realizar determinadas atividades bancárias. Os momentos de abertura de conta e troca de senha do cartão foram os únicos considerados com necessidade de segurança alta ou muito alta para mais de 80% das pessoas.
Em seguida, vem o processo de recuperar uma senha. As movimentações financeiras como compras online e saques de investimentos também são momentos que carecem de segurança.
Como melhorar a segurança nos processos e operações bancárias na prática?
De olho em todos os dados apresentados acima, os bancos e instituições financeiras devem adotar ferramentas, como a verificação de documentos e a validação biométrica, para prevenir fraudes em todo o ciclo de vida do cliente dentro da organização, garantindo maior proteção e evitando golpes.
Por isso, é importante tomar cuidado com a segurança desde o onboarding digital e a abertura de conta dos usuários até outros momentos da jornada do cliente, como troca de senha, atualização de cadastro, transações e outros, assegurando que os usuários são eles mesmos.
Neste caso, a plataforma idwall ajuda e muito a sua instituição! Contamos com ferramentas integradas, como Background Check, verificação de documentos, verificação biométrica, SDK Capture Suite, ID Manager e Workflow Manager.
Dessa forma, a plataforma otimiza os processos de validação e aprovação de usuários, gerenciamento de riscos, gestão de identidade e prevenção a fraudes. Além disso, por meio da gestão de identidade dos perfis dos clientes, é possível:
- Gerenciar os dados dos usuários em todo ciclo de vida, registrando todas as informações coletadas no perfil do cliente.
- Centralizar os dados do usuário, de maneira que ele tenha um histórico que pode ser reaproveitado e que, de tempos em tempos, a sua empresa realize novas verificações para analisar se, de fato, é a mesma pessoa – e assim evitando possíveis fraudes.
- Otimizar a comunicação entre as áreas, a partir da integração das informações em uma só plataforma, quebrando os silos de dados, gerando maior eficiência e inteligência para escalar a operação e prevenir fraudes.
Preencha o formulário abaixo e conheça mais detalhes!