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Índice de confiança no Brasil é o menor da América Latina e Caribe e afeta a economia, segundo o BID

by Gabriel Duque

O Brasil é o país da América Latina e Caribe em que as pessoas menos confiam em outras pessoas e nas instituições. Esta é a constatação do novo estudo sobre índice de confiança, intitulado “Trust: The Key to Social Cohesion and Growth in Latin America and the Caribbean”, realizado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e divulgado nesta quinta-feira (12/1). 

O levantamento mostra que o baixo índice de confiança presente no Brasil e na América Latina contribui para o menor desenvolvimento econômico e social dos países na região. 

No total, somente 12,6% dos latino-americanos confiam na maioria das pessoas. A taxa está abaixo da média mundial (25%) e dos países ricos integrantes da Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico – OCDE (41%).

O Brasil é o último colocado do ranking na região, com índice de confiança de apenas 4,69% entre as pessoas. Para se ter uma ideia, o Uruguai é o país com maior confiança (21,08%), o que corresponde ainda a um baixo patamar, e até mesmo a Venezuela (5,21%), que vive grave crise socioeconômica, está à frente do Brasil.

Importância do índice de confiança

A alta desconfiança que ocorre na América Latina prejudica todo o ambiente econômico, impactando tanto a recuperação pós-pandemia e o aumento do PIB (produto interno bruto, ou seja, a medida do crescimento econômico), como afetando a inovação, a produtividade e a competitividade do país.

Na prática, o baixo índice de confiança pode estar associado à burocracia, ao desperdício de recursos e à menor capacidade de atrair investimentos ou arrecadar impostos.

Segundo o levantamento ainda, pensando no cenário empresarial, a desconfiança acarreta em mais impactos, como o aumento dos custos de transações e o favorecimento de grandes negócios e de organizações que já estão estabelecidas no mercado. Outro ponto aqui diz respeito à criação de barreiras que impedem a entrada de novas empresas mais eficientes.

Maior confiança, maior o PIB

Para mostrar a importância da confiança para o PIB, vale destacar que as taxas de crescimento dos países da América Latina e Caribe permanecem baixas nos últimos 10 anos. Desde 2011, por exemplo, a alta do produto interno bruto não passa de 4% na região e, em 2019, antes da pandemia, ficou abaixo de 1%.

Enquanto outras regiões do mundo conseguiram reduzir a diferença para os Estados Unidos, como o Leste Asiático que diminuiu em 47 pontos percentuais, a América Latina e o Caribe ainda engatinham, com um corte de apenas 4 pontos percentuais.

E essa desconfiança e os vínculos fracos aumentam os desafios para locais de baixo crescimento, como a América Latina e o Caribe. Afinal, o desenvolvimento econômico necessita de decisões que dependem de confiança, como por exemplo, investir, produzir, empregar, comprar ou vender. Sem elas, esse ciclo fica muito mais difícil de ser alcançado e as oportunidades, seja para as pessoas, as empresas e o países, ficam limitadas.

Então, neste contexto, o estudo dez uma correlação entre o índice de confiança e os indicadores socioeconômicos. Entre os principais itens que o aumento da confiança impacta, estão:

  • Mais empreendedorismo e inovação;
  • Maior disposição para crescer e contratar trabalhadores;
  • Empresas mais produtivas;
  • Maior receita tributária;
  • Mais inclusão financeira;
  • Aumento da concorrência;
  • Educação de qualidade;
  • Políticas eficazes no combate ao crime;
  • Entre outros.

Todos estes aspectos contribuem para a elevação do PIB, no fim das contas.

Vale destacar, por exemplo, que a economia brasileira terá um dos desempenhos mais fracos do mundo neste ano de 2022, segundo a previsão da Organização das Nações Unidas por meio do seu Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais. O documento projeta o crescimento do PIB brasileiro de 0,5% no período, sendo o terceiro menor entre 170 economias.

Leia também: Em um mundo de desconfiança, quais são as lições de credibilidade da sharing economy?

Como aumentar o índice de confiança

Diante deste cenário, fica clara a necessidade de promover ações para aumentar esse índice no Brasil e na América Latina, melhorando a confiança entre pessoas, nas instituições e nos negócios, fomentando a economia e as transações comerciais.

Afinal, a confiança é o meio pelo qual se inicia uma relação entre pessoas, cidadãos e órgãos governamentais, clientes e empresas. É essa palavra que vai gerar uma sensação de segurança aos usuários, fazendo com que eles adquiram produtos ou contratem serviços.

Quem nunca foi abrir uma conta em um banco e foi pesquisar sua reputação, não é mesmo? Ou quem foi fazer uma compra em lojas virtuais e visitou sites de proteção ao consumidor para verificar se eram realmente confiáveis ou sofriam com fraudes de identidades, cartões de crédito e outros, golpes e vazamentos de dados.

Então, para elevar o índice de confiança no Brasil, é fundamental trabalhar em uma série de ações como:

  • Remover barreiras à entrada de empresas no mercado e à concorrência;
  • Fortalecer as instituições de fiscalização, reguladoras e agências de crédito;
  • Aumentar o acesso à fiscalização por meio de terceiros;
  • Educar e informar melhor os cidadãos para que eles tenham as condições para detectar e evitar comportamentos não confiáveis.

Como usar tecnologias para melhorar a confiança

Cada vez mais, o uso de soluções tecnológicas ajuda a mitigar problemas de fraudes, golpes, aumentar a segurança e a proteção de dados, e promover maior transparência das organizações. Com essa digitalização e modernização, é possível fortalecer o índice de confiança.

Neste sentido, as empresas podem contar com a identidade digital para aumentar a inclusão social das pessoas e fomentar relações de maior confiança com os negócios.

Além disso, existem ferramentas para otimizar os processos de cadastro dos usuários nas empŕesas com as melhores práticas de Know Your Client (Conheça seu Cliente), garantindo maior segurança e mitigando riscos. Neste cenário, as organizações podem usar recursos de OCR, reconhecimento facial, background check e outros.

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