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G de ESG: qual a importância da gestão de compliance e riscos?

by Gabriel Duque

Garantir a conformidade da empresa com as legislações é cada vez mais importante. Assim, é possível mitigar riscos, evitar multas, manter a segurança do negócio, corrigir desvios, otimizar as operações e ainda melhorar a imagem junto ao mercado. Por isso, a gestão de compliance é uma estrutura indispensável para as organizações atualmente.

Sem contar que este gerenciamento tem a ver diretamente com uma sigla que está na moda: o ESG (Environmental, Social e Governance). Trata-se dos fatores ambientais, sociais e de governança. 

  • E: se refere às boas práticas da empresa em relação ao desenvolvimento sustentável e ser ecologicamente correta;
  • S: diz respeito às ações do negócio para a sociedade em que está inserida, principalmente, as comunidades e grupos sociais mais próximos;
  • G: a governança corporativa caminha lado a lado com o compliance. Isso porque ambos visam garantir a ética da organização, mas cada um abrange uma atuação. A governança corporativa está direcionada aos procedimentos, políticas e regras para a direção geral, ou seja, a conformidade interna. Enquanto, o compliance atua com a conformidade em relação às leis, normas e demais requisitos externos.

Dessa forma, fazer uma boa gestão de compliance está diretamente associado a cumprir com as políticas e os fatores de ESG. 

Leia também: Governança corporativa e compliance: qual é a relação

Por que se adequar ao ESG?

As empresas precisam ficar de olho e se adaptar aos fatores de ESG, incluindo a gestão de compliance, para atender não só às tendências de mercado, mas também gerar uma boa imagem junto a clientes e fornecedores, assim como atrair novos investidores.

Inclusive, de acordo com pesquisa da BTA, 62% das grandes empresas admitem sofrer pressão do mercado para adotar as ações de ESG.

Além disso, segundo estudo feito pela Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje), 95% das companhias brasileiras estão preocupadas com o assunto e tratam o tema como prioridade em suas agendas corporativas. Entre os principais objetivos dos negócios com essas ações, estão:

  • 62% desejam causar impacto positivo tangível para a sociedade;
  • 24% esperam atender as expectativas dos investidores.

Por fim, outro levantamento realizado pela Grant Thornton mostra dados interessantes: 86% das organizações acreditam que poderão sofrer um efeito negativo no futuro, caso não implementem uma gestão considerada ESG. 

Nesse sentido, 59% já têm uma área específica para desenvolver tais práticas. E, para se ter uma ideia de como o ESG está sendo levado a sério, neste mesmo estudo, 100% das empresas do setor financeiro classificaram o assunto como prioritário.

Como a gestão de compliance pode ajudar nas ações de ESG?

Só pelos dados das pesquisas acima, já fica clara a importância do ESG no contexto atual e, de quebra, da gestão de compliance para apoiar os programas e estratégias de governança.

Mas o que muitos não sabem é que os programas de compliance desenvolvidos nas empresas podem ir além de auxiliar a governança corporativa. 

Afinal, o compliance tem a ver com a conformidade com as mais diversas legislações, englobando aspectos fiscais, financeiros, trabalhistas, previdenciários, contábeis, jurídicos, de combate a fraudes e corrupção, entre outros. Mas também se direciona às leis sobre meio ambiente e questões sociais, como inclusão, acessibilidade, diversidade etc.

Ou seja, no final, a gestão de compliance contribui para todos os fatores de ESG. Uma vez que, a partir das estratégias, planejamento e monitoramento das ações de conformidade, é possível ter uma empresa mais ecológica, com atuação social efetiva, que reduza riscos e cumpra os objetivos regulatórios.

Leia também: Compliance Empresarial: saiba a importância desse tema e as tendências para 2022

Mas, afinal, o que é a gestão de compliance?

Diante de todo o exposto, podemos dizer que a gestão de compliance visa garantir a aplicação e o cumprimento de todas as diretrizes, normas e leis dentro de uma empresa. Então, a companhia pode se desenvolver sobre pilares sólidos.

Na prática, faz parte da atuação desse gestor elaborar uma política de compliance e criar uma cultura interna, de forma que todos os colaboradores e também as lideranças sigam os procedimentos legais e éticos corretamente.

Por exemplo, para cumprir com a legislação ambiental de descarte de lixo, existem algumas normas, como a de tratamento e reciclagem de resíduos gerados nas empresas. Além disso, é possível praticar ações ecológicas como a separação do lixo para coleta seletiva. Neste caso, a gestão de compliance deve monitorar se os colaboradores realizam tais tarefas adequadamente.

Leia também: Os 8 pilares de um programa de compliance

Como realizar a gestão de compliance para atender às empresas e ao ESG

Enfim, para implementar a gestão de compliance na sua empresa, ajudando na governança e nos demais fatores de ESG, confira um passo a passo:

Criação do código de ética e conduta

A primeira etapa é elaborar um código de ética e conduta, que servirá como guia para instruir as equipes e prevenir não conformidades no negócio. Este documento deve conter todas as legislações que precisam ser obedecidas, assim como as políticas internas da empresa, com padrão de conduta e comportamento, para cumprir com tais normas.

Não adianta só criar o manual, é preciso também divulgá-lo e incentivar o engajamento da equipe para cumprir os requisitos. Da mesma forma, é importante tirar todas as dúvidas dos colaboradores, a fim de que todos estejam alinhados com os processos. Também vale a pena se manter aberto a conversas com os funcionários para verificar sugestões e melhorias nas operações de compliance.

Monitoramento da conduta e comportamento

Neste passo, é fundamental garantir que todos os profissionais sigam as regras de ética e conduta em sua atuação para manter a conformidade com as legislações. Por isso, a gestão de compliance deve acompanhá-los de perto, com o objetivo de orientar e cobrar as equipes.

Análise da operação da empresa

Assim como deve ser realizado o monitoramento dos colaboradores, a gestão também precisa ficar de olho se as operações ocorrem de acordo com as diretrizes. Afinal, se um processo operacional de TI por exemplo não garantir a proteção dos dados, a empresa fica sujeita a violações e vazamentos e, consequentemente, a penalidades da LGPD.

Adoção de medidas de melhoria contínua

Nem tudo vai funcionar certinho logo na primeira tentativa. Demora um pouco para a cultura de compliance se estabelecer em toda a empresa. Sem contar que os processos ainda precisam ser refinados neste começo de projeto. Então, é fundamental ficar atento em todas essas questões para incorporar novas práticas e melhorias ao código inicialmente estabelecido.

Uso de tecnologias e inovações

Para facilitar a atuação da gestão de compliance, as ferramentas tecnológicas são essenciais para promover ética, integridade e mitigação de riscos em todos os processos operacionais.

No caso do onboarding digital, por exemplo, é possível contar com as soluções da idwall para atender às regulamentações, assegurar a conformidade e evitar fraudes.

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