O mercado de telecomunicações também foi destaque no Febraban Tech 2023. Em painel no primeiro dia do evento, em 27 de junho, o debate girou em torno do tema “Telecomunicações para o futuro ainda mais conectado”, abordando bastante o assunto da conectividade.
Dentre os participantes do painel, estiveram Guilherme Mendes (Caixa), Gustavo Borges (Anatel), Maria Teresa Lima (Embratel) e Neo Gong (Huawei), com mediação de Mona Dorf (Febraban).
O que você vai conferir:
Desafios das telcos em relação à conectividade
De início, Guilherme Mendes falou sobre os desafios da conectividade. “É complexo ter conectividade na qualidade que os nossos clientes precisam. Tudo precisa funcionar corretamente para encantar o nosso cliente. Vemos grande oportunidade nas tecnologias entrantes para avançar na conectividade principalmente em localidades distantes”, declarou.
O executivo da Caixa aproveitou para destacar a importância do 5G. “Vejo muito potencial no 5G, mas ele precisa chegar aos lugares mais remotos”, disse. Outro ponto ressaltado por Mendes foi a parceria dos bancos com operadoras para assistir a essas localidades e ampliar o portfólio de conectividade para melhorar os serviços.
Já Maria Teresa comentou que a Embratel hoje está atuando além da conectividade com o objetivo de ser habilitadora da transformação digital para os clientes. Da mesma forma, a executiva vê uma mudança de comportamento dos consumidores. “Clientes são mais exigentes, querem experiência única, atendimento omnicanal. Então, precisamos apoiar nossos clientes em busca de transformação e eficiência”, afirmou.
Por outro lado, Gustavo Borges, da Anatel, também abordou questões complementares à conectividade, como preço, qualidade e competição entre as operadoras que ajudam a promover o mundo mais conectado sem fio e por banda larga.
“O desafio é levar essa infraestrutura de conexão e também fomentar a competição. Na banda larga, atualmente, temos mais de 15 mil empresas espalhadas pelo Brasil. Os negócios de pequeno porte dominam mais de 50% dos acessos no país, trazendo mais qualidade e menor preço. Hoje, o Brasil está melhor servido”, comentou.
Segurança nos serviços de telecomunicações
Gustavo Borges também destacou a necessidade de maior segurança nos serviços de telecom com esse grande aumento de conexões. “O 5G permite mais equipamentos conectados, carros, máquinas, fábricas etc. Isso exige um aumento da segurança cibernética, além da qualidade da conexão. Hoje a conectividade é uma plataforma habilitadora de diversas aplicações. Pelos próximos 20 anos, a previsão é de massificação da conectividade.”
Veja também: Segurança em telecom: veja o impacto das regulamentações na prática
Usuário no centro do negócio
Outra questão importante nos serviços de telecomunicações diz respeito ao usuário das operadoras e empresas. Para Maria Teresa, da Embratel, o setor de telco está ampliando seu ecossistema e precisa colocar o cliente do negócio. Para isso, é fundamental olhar para parcerias e startups. “No trabalho de colaboração, é possível criar novos modelos de negócios, conhecer mais a fundo o comportamento do cliente, ter mais dados, tomar decisões mais assertivas e corretas. Tudo isso contribui para a estratégia”, falou.
“A parceria com o setor financeiro também ajuda com o uso de dados em bancos e fintechs para reduzir fraudes”, completou.
Neo Gong, da Huawei, reforçou o discurso em torno dos usuários e da necessidade das telcos criarem ecossistemas para melhorarem seus serviços. “As empresas de telecomunicações precisam ser baseadas em plataformas. Os ecossistemas são muito importantes para empresas evoluírem sua base de negócios. Construindo um ecossistema financeiro conectado com plataforma de telco, vamos oferecer mais inclusão, melhor capacidade de dados e melhor crédito. A base de clientes vê mais valor agregado gerando. É um ganha ganha para clientes e empresas.”
Por fim, Guilherme Mendes, da Caixa, lembrou a dificuldade de suportar todo o tráfego gerado pela alta conectividade: “A conectividade onipresente é um grande desafio.”
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