Além do real digital, outras iniciativas de CBDCs (Central Banks Digital Currencies, ou moedas digitais dos bancos centrais) seguem avançando no mercado internacional. A bola da vez é o euro digital.
Aqui no blog, já falamos sobre o processo de estudo e análise para a possível criação do dólar digital e vamos, constantemente, mapeando os passos e evoluções do real digital.
Além disso, não podemos esquecer a China que tem a moeda digital mais adiantada do mundo. Recentemente, inclusive, a moeda digital chinesa bateu a marca de 100 bilhões de yuans (aproximadamente US$ 14 bilhões) em transações.
Em 2022, o volume de movimentações envolvendo o e-CNY, nome da CBDC chinesa, cresceu 14%, em comparação aos 87,6 bilhões de yuans do fim do ano passado. Em caráter experimental em todo o país, a moeda já abrange 23 cidades, incluindo Pequim, Xangai e Shenzhen.
Contextualização do cenário global à parte, agora vamos falar do euro digital!
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O que você vai conferir:
Como está o projeto do euro digital?
O Banco Central Europeu (BCE) segue no desenvolvimento do projeto de pesquisa de dois anos para o euro digital. Esta etapa de investigação se iniciou em julho de 2021.
Nesta nova fase, foram selecionadas 5 empresas para criar potenciais interfaces de usuário e auxiliar na prototipação da moeda digital.
A previsão é que tais protótipos sejam iniciados por agora e concluídos até o fim do ano. O objetivo é testar e verificar como as tecnologias por trás da moeda se integram e interagem.
No total, 54 organizações estavam na disputa para participar do projeto. Agora, as 5 aprovadas, incluindo a Amazon, vão atuar de forma separada e individual na criação de suas soluções para um uso específico da moeda.
As empresas foram escolhidas pelo fato de suas soluções se adaptarem melhor aos recursos específicos de cada caso de uso. Vamos ver quais as aplicações:
CaixaBank: o banco espanhol deve testar pagamentos online peer-to-peer.
Worldline: a empresa francesa de serviços de pagamento vai trabalhar em pagamentos offline.
European Payment Initiative: vai desenvolver um protótipo para pagamentos no ponto de venda iniciados pelo pagador.
Nexi: o banco italiano voltado para sistemas de pagamentos irá testar pagamentos iniciados pelo beneficiário.
Amazon: a gigante americana vai entrar com testes de pagamentos de comércio eletrônico com o euro digital.
Principais usos do euro digital
De acordo com as soluções de uso propostas acima, já é possível perceber que a principal aplicação do euro digital será no caso do comércio. E a autarquia divulgou um relatório confirmando que o foco está nas transações em lojas físicas e online.
O grande motivador para isso é que, hoje em dia, a maioria dos sistemas de pagamento digital não são de origem europeia e, para piorar, possuem um alcance limitado. Dessa forma, o euro digital poderia resolver tais problemas, além de fortalecer a autonomia europeia.
O relatório diz sobre a CBDC:
“O euro digital preservaria o papel do dinheiro público como âncora do sistema de pagamentos na era digital. Isso garantiria a coexistência suave, conversibilidade e complementaridade das várias formas que o dinheiro assume”.
Como se dará a atuação do Banco Central Europeu?
Enquanto as companhias estão focadas no desenvolvimento de soluções e usos do euro digital, o Banco Central Europeu ficará responsável pelo código e infraestrutura da moeda.
Ou seja, na prática, as transações simuladas e os testes vão começar usando os chamados protótipos de front-end criados pelas empresas.
Mas, no back-end, o processamento será pela interface e infraestrutura do Eurosistema, autoridade de política monetária da zona do euro.
Próximos passos do euro digital
De olho na evolução do euro digital, os resultados dos testes envolvendo as soluções propostas pelas cinco empresas devem sair no primeiro trimestre de 2023. A partir disso, o BCE deve propor um regulamento para estabelecer a moeda.
Então, o Conselho do BCE deve decidir em outubro de 2023 se o CBDC deve passar para a etapa de desenvolvimento e teste. O que pode durar aproximadamente três anos.
Além das fronteiras e melhor regulamentação
Por fim, vale a pena destacar algumas declarações importantes da presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde.
1. O euro digital pode ser mais popular além das fronteiras da União Europeia. A moeda digital deve ser sem fronteiras caso seja “regulamentada e supervisionada adequadamente. Assim, pode facilitar os pagamentos transfronteiriços em grande medida.”
2. Regulamentação das moedas digitais. “Precisamos comparar informações entre as autoridades dos Estados Unidos, europeias e outras para regulá-las melhor”, comentou.
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