O Banco Central anunciou o começo da edição especial do LIFT (Laboratório de Inovações Financeiras e Tecnológicas). Em 5 de setembro, as nove propostas selecionadas para desenvolver um mínimo produto viável (MVP) de moeda digital nacional iniciaram os testes para o Real digital.
O objetivo dos testes do LIFT Challenge é estudar e analisar os casos de uso da moeda digital emitida pelo BC. Assim, é possível identificar casos de usos maduros e que tragam valor para a sociedade para serem colocados em prática, assim como verificar a viabilidade tecnológica e definir as características dessa infraestrutura para o Real digital.
Com isso, a previsão é que um projeto-piloto seja lançado no segundo trimestre de 2023 e o lançamento do Real digital deve ficar para 2024.
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O que você vai conferir:
Movimento das moedas digitais nacionais
Os testes do Real digital vêm em um momento de projetos de moedas digitais nacionais, em contrapartida das chamadas criptomoedas. Isso porque, ao mesmo tempo em que representa uma evolução do dinheiro em espécie para o virtual, a moeda digital nacional pode ser administrada e distribuída de modo centralizado pelo Estado, no caso brasileiro, o Banco Central do Brasil.
Por outro lado, as criptomoedas são descentralizadas e são ativos financeiros que podem ser usados para algumas finalidades e transações, mas não para todas.
Neste cenário, vale destacar que já existem mais de 87 países com as CBDCs (do inglês, Central Bank Digital Currency, traduzido como Moeda Digital Emitida por Banco Central) em desenvolvimento.
Um dos projetos mais avançados é da China, que realiza testes do yuan digital desde dezembro de 2020. Inclusive, estima-se que mais de 20 milhões de pessoas já façam uso da moeda por meio de carteiras digitais no país asiático.
Recentemente, os Estados Unidos também anunciaram a proposta de criação do dólar digital. No entanto, ainda não existe uma data de lançamento da moeda. O FED (Federal Reserve),responsável pela política monetária americana, está estudando a regulamentação dessa moeda virtual.
Modernização do sistema bancário brasileiro
Os testes do Real digital representam também um passo adiante na modernização do sistema bancário e de pagamentos no Brasil. Depois do PIX e do Open Finance, a ideia é que a moeda virtual possa se integrar a todo este ecossistema e facilitar ainda mais as operações e transações.
Na própria Febraban Tech 2022, realizada em agosto, em São Paulo, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, destacou essa convergência financeira que deve acontecer entre os serviços no futuro. O que deve potencializar o mercado financeiro e a chamada economia aberta.
Projetos de aplicação do Real digital
As propostas apresentadas para o Real digital envolvem diversas frentes, como pagamento contra pagamento (PvP), internet das coisas (IoT), finanças descentralizadas (DeFi), soluções de pagamento sem internet (dual offline), entre outras.
Entenda um pouco mais dos projetos:
1. A Febraban (Federação Brasileira dos Bancos) aborda, em sua proposta, a entrega contra pagamento (DvP) de ativos financeiros. O que precisará ter funcionalidades diretamente ligadas à arquitetura do Real digital.
2. Já o Santander também trata de DvP (entrega contra pagamento), mas abrangendo a conversão para o formato digital (tokenização) do direito de propriedade de veículos e imóveis.
3. A AAVE visa usar ferramentas de DeFI para disponibilizar empréstimos e assegurar a aderência dessas operações às regras do sistema financeiro.
4. O projeto da Giesecke + Devrient tem como foco o pagamento dual office, quando pagador e recebedor não têm acesso à internet.
5. Na proposta do Itaú Unibanco, o ponto trabalhado é o de pagamentos internacionais com o método PvP em uma aplicação com a Colômbia.
6. Em parceria com a Fundação CPQD e a Bitrust, o Mercado Bitcoin apresentou um caso de uso de DvP de ativos digitais direcionado para os criptoativos.
7. A Tecban, por sua vez, busca oferecer uma solução de logística integrando um sistema aberto de pagamentos, com o Real digital como meio de pagamento. e de entrega, em que diversas plataformas de e-commerce podem ter acesso a pontos de entrega seguros. Para isso, a ideia é unir soluções de DvP e IoT.
8. Outra proposta, da Vert com a Digital Asset e suporte da Oliver Wyman, aborda o financiamento rural com base em ativos tokenizados programáveis associados ao Real digital.
9. Com foco em recursos de financiamento, a Visa, a Consensys e a Microsoft querem usar o recurso de DeFi regulamentado para criar uma plataforma aberta e facilitar a interação de PMEs brasileiras com o mercado financeiro global em busca de financiamentos mais competitivos.
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