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Moeda digital

Projeto piloto de moeda digital no Brasil deve chegar no segundo semestre, afirma Bacen

by Laís Costa

Conforme divulgado pelo pelo presidente do Banco Central (Bacen), Roberto Campos Neto, o projeto piloto do Real Digital, moeda digital nacional, será lançado no segundo semestre deste ano e já tem uma estrutura de como será montado. A versão brasileira de CBDC (do inglês, “Central Bank Digital Currency), será feita a partir de uma stablecoin –  moeda digital que deriva seu valor de mercado de alguma referência externa, como uma moeda nacional ou metais preciosos – e com base no Sistema de Transferência de Reservas (STR), meio em que são realizadas as transferências de recursos entre instituições financeiras. 

O executivo ainda destacou que o STR tem o Real como garantia, e, assim, será criado uma espécie de STR digital, que terá como precaução o Real Digital. Além disso, os bancos poderão emitir stablecoins em cima dos depósitos realizados. Campos ainda afirmou que o projeto Real Digital é uma maneira de digitalizar a moeda, mas sem provocar ruptura no balanço dos bancos. 

Mas o que significa esse novo projeto? Continue a leitura, saiba mais sobre o projeto de moeda digital nacional e o que é preciso ficar atento na operação de moedas digitais. 

Leia também: Tecnologia bancária: tendências e desafios de segurança para 2022

O que é a moeda digital brasileira?

O Real Digital pode ser entendido como a versão digital da moeda brasileira em espécie e sua emissão é de competência do Bacen. O objetivo é ter uma nova forma de ter dinheiro e fazer transações com essa moeda digital. 

A ideia começou a ser discutida em agosto de 2020, quando o Bacen criou um grupo para estudar moedas digitais emitidas por bancos centrais – CBDC, como mencionado acima. Além disso, o principal objetivo era avaliar quais seriam os benefícios e impactos da implantação desse projeto no dia a dia. 

Com o Real Digital será possível fazer basicamente tudo que já é feito. Porém, o maior benefício é que a moeda será lastreada ao real em espécie.

Por meio do Real Digital será possível realizar todas as transações costumeiras do dia a dia, mas em um formato de transação único que transforma o dia a dia dos Bancos Centrais.

Eles começam, a partir disso, a lançar dinheiro digital ao invés de notas e moedas em espécie.

A partir desse movimento, de troca de produção de dinheiro, os bancos centrais vão começar a economizar com impressão de dinheiro. Afinal, a moeda digital não possui os mesmos gastos de emissão que a moeda em espécie. Com isso, é possível proporcionar maior segurança e economia. Claro, além de ser algo completamente regulado pela autoridade monetária.

Qual a diferença entre o Real Digital e o Real em Espécie?

O Real Digital será emitido pelo próprio Banco Central, assim como acontece atualmente. Sua distribuição ocorrerá por meio das instituições financeiras, bancos e organizações que participam dos sistemas de pagamento atuais. Após isso, ele poderá ser usado normalmente pelos usuários.

A principal diferença entre a moeda digital e a moeda física é que o primeiro mencionado não poderá ser convertido para células físicas. Ao invés de cédulas, o Bacen irá gerar códigos que estão nos valores correspondentes do Real. 

A nova moeda digital poderá ser usada da mesma forma que o dinheiro de papel, mas, para realizar transações, como pagamentos e compras, o usuário deve ter o aplicativo de carteiro em seu celular para realizar as transações. 

Outra novidade é o uso dessa moeda digital no exterior: o Real Digital poderá ser usado em qualquer lugar do mundo, sem que seja necessário realizar a conversão para a moeda local. Com isso, há redução na emissão de papel-moeda.

Como a Moeda Digital poderá ser usada?

Segundo algumas informações do Bacen, tem algumas situações já previstas em que o Real Digital poderá ser usado, como:

– No varejo e em transações simples;

– Na aplicação nos sistemas de pagamentos online atuais e numa nova modalidade offline em desenvolvimento;

– Na distribuição imediata da moeda digital por meio de sistemas de pagamentos;

– Possibilidade de aumento de modelos de negócios inovadores e focados em tecnologia avançada.

Uma das principais propostas do uso do Real Digital também está relacionada com o aumento da implementação da Internet das Coisas (IoT) em boa parte dos dispositivos nacionais. Assim, por exemplo, uma smart tv pode identificar que a assinatura de um canal ou serviço de streaming está próximo do final do contrato e assinar novamente com o uso da moeda digital. 

Saiba mais: O papel do Product Owner na revolução tecnológica do mercado financeiro

Real Digital e Criptomoeda são a mesma coisa?

Essa é uma dúvida bem frequente entre as pessoas, mas o projeto do Real Digital e a criptomoeda são coisas distintas. Ambas foram pensadas e idealizadas para serem usadas no ambiente digital, mas há diferenças entre elas – e a principal é referente a administração das moedas. Enquanto a moeda digital é administrada e distribuída de forma centralizada pelo Estado Emissor – no caso, o Bacen – a criptomoeda não possui um dono específico. O proprietário é determinado pelo próprio usuário, descentralizando-a.  Além disso, as criptomoedas são consideradas ativos financeiros, e a moeda digital realiza somente algumas transações.

Pontos atenção na operação de moedas digitais

Ao lançar um projeto de moeda digital, é necessário estar em compliance e seguir os processos de Anti-Money Laundering (AML) – ou, em português – Prevenção à Lavagem de Dinheiro (PLD) será um grande desafio. No caso, essa prática irá ajudar no trabalho de compliance para seguir com as exigências da legislação e demais normas. 


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